Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, fez um anúncio que repercutiu nas esferas políticas brasileiras: ele se licenciará do mandato para residir nos Estados Unidos. O parlamentar justificou sua decisão dizendo que busca evitar o que considera uma "perseguição" e pretende buscar punições contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante esse período, que deve durar cerca de quatro meses, ele declarou que abrirá mão de seu salário como deputado.
Atualmente, Eduardo está nos EUA há 19 dias e vê sua licença como uma oportunidade para se dedicar à luta contra o que chama de abusos de poder cometidos por Moraes. O deputado também mencionou que antes de tomar essa decisão, consultou o governo Trump e sua base no Congresso americano. Essa movimentação gerou diversas reações no Brasil.
A atitude de Eduardo Bolsonaro despertou críticas em setores governistas, que interpretam a licença como um sinal de alerta sobre possíveis influências estrangeiras nas instituições brasileiras. Em contrapartida, o deputado Lindbergh Faria, do PT do Rio de Janeiro, chegou a solicitar a apreensão do passaporte de Eduardo, alegando que suas ações poderiam comprometer a soberania nacional.
Embora esteja fora do Brasil, Eduardo Bolsonaro ainda mantém considerável influência na política interna. A indicação do deputado Coronel Zucco para assumir a Comissão de Relações Exteriores da Câmara enquanto ele estiver licenciado é um reflexo dessa influência. Além disso, Valdemar Costa Neto, aliado de Eduardo, sugeriu que ele deverá retornar ao Brasil em um período de quatro meses, o que alimenta rumores sobre sua próxima movimentação política.
As implicações dessa licença podem ser profundas, considerando a polarização política que marca o atual cenário brasileiro. Com sua saída temporária, há o questionamento sobre como se dará a relação entre seus apoiadores e os opositores, especialmente sobre a questão da liberdade de expressão e a atuação de Moraes.
Eduardo Bolsonaro parece determinado a utilizar esse tempo fora do Brasil para fortalecer sua posição e preparar sua volta. As próximas semanas serão decisivas para o futuro político dele e de suas alianças.