Na segunda-feira, 28 de abril, um apagão sem precedentes afetou milhões de pessoas na Espanha e em Portugal, interrompendo o fornecimento de energia elétrica por várias horas e causando enorme caos nos transportes públicos, cancelamento de voos e interrupção de serviços essenciais. O retorno da energia começou a ser registrado no final do mesmo dia e, até terça-feira, 29 de abril, o fornecimento já se mostrava quase totalmente normalizado em ambos os países.
O apagão teve início por volta das 7h33 de Brasília (11h33 em Portugal e 12h33 na Espanha), classificando-se como um dos mais sérios já registrados na história recente da Europa. Embora as autoridades ainda investiguem a causa exata, existem suposições que apontam para uma possível falha na conexão com a França, ou ainda um problema interno no sistema espanhol. O primeiro-ministro de Portugal, Luis Montenegro, descartou a possibilidade de ataque cibernético, enquanto seu colega espanhol, Pedro Sánchez, afirmou que todas as hipóteses permanecem abertas.
O impacto do apagão foi bastante significativo, levando ao colapso do transporte público e forçando hospitais a suspenderem operações rotineiras. Em resposta à gravidade da situação, a Espanha declarou emergência nacional, mobilizando cerca de 30.000 policiais para manter a ordem durante o caos.
A recuperação do fornecimento de energia se deu de maneira gradual, com o governo da Espanha informando que 99,95% da demanda energética já estava atendida até a manhã de terça-feira. Em Portugal, a rede elétrica foi considerada "perfeitamente estabilizada" pelo operador REN.
Com o restabelecimento da eletricidade, importantes linhas ferroviárias, como Madri-Barcelona e Madri-Sevilha, foram reabertas, trazendo alívio à população que enfrentou um período de incertezas e desafios. A situação, agora controlada, continua a ser monitorada de perto pelas autoridades, que seguem na investigação das reais causas do apagão.