Em uma operação militar intensa, Israel está sistematicamente destruindo a cidade de Rafah, localizada no sul da Faixa de Gaza. Essa devastação levou à evacuação de milhares de residentes que anteriormente habitavam a cidade, que contava com cerca de 200.000 almas. O que parece ser um plano orquestrado, visa transformar Rafah em uma zona tampão militar permanentemente ocupada por Israel, cortando o acesso da Faixa de Gaza à fronteira egípcia.
A situação na Faixa de Gaza piorou consideravelmente desde que Israel encerrou a trégua com o Hamas em março. Desde então, as operações israelenses se intensificaram, com ataques diários que expandem uma zona tampão ao redor da cidade de Rafah. Atualmente, aproximadamente 50% do território da Faixa de Gaza está sob controle militar israelense, sendo que a área enfrenta uma grave crise humanitária.
O conflito que já resultou em mais de 52.000 mortes, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, tem impactos devastadores para a população local. A destruição de Rafah não apenas desalojou milhares de civis, mas também aniquilou infraestruturas essenciais, fazendo com que a região se tornasse inabitável. A escassez de suprimentos básicos, como alimentos e medicamentos, agrava ainda mais a situação, tornando-a crítica.
O plano delineado pelas autoridades israelenses parece ter como objetivo isolar completamente a Faixa de Gaza, cortando seu acesso ao Egito. Essa estratégia transformaria Gaza em um enclave dentro do território controlado por Israel, fortalecendo ainda mais a presença militar na região. A destruição de Rafah é um passo vital nesse processo de criação de uma zona tampão, dificultando qualquer movimentação entre Gaza e o Egito.
A comunidade internacional tem expressado crescente preocupação com a escalada da violência e as consequências humanitárias na Faixa de Gaza. No entanto, até agora, não houve intervenções eficazes que possam interromper as hostilidades ou mitigar o sofrimento dos civis. A deterioração da situação leva a um futuro incerto para os residentes de Rafah e da Faixa de Gaza.