O Mounjaro, medicamento originalmente aprovado para o tratamento do diabetes tipo 2, tornou-se uma febre no Brasil devido à sua capacidade de promover a perda de peso rápida. Este interesse crescente pelo medicamento gerou não apenas uma busca por sua eficácia, mas também o surgimento de atividades ilegais, incluindo o contrabando do produto, fazendo com que as autoridades intensificassem as suas ações para coibir essa prática.
Mounjaro é uma injeção que tem sido procurada por pessoas em busca de emagrecimento, mesmo que não haja uma indicação médica para seu uso. O seu uso indiscriminado e sem supervisão profissional tem levantado várias preocupações, já que os riscos à saúde são significativos.
No Brasil, a venda do Mounjaro é ilegal, o que elevou as operações de contrabando, especialmente a partir do Reino Unido. Recentemente, a Polícia Federal e a Receita Federal intensificaram a fiscalização em aeroportos, como os de São Paulo (Guarulhos) e Recife. Uma das apreensões mais expressivas aconteceu no Aeroporto Internacional do Recife, onde foram confiscadas 389 canetas do medicamento, avaliadas em cerca de R$ 1 milhão, em 13 de abril.
Em 15 de abril, outra grande apreensão ocorreu em Guarulhos, onde 100 canetas estavam escondidas em caixas de brinquedos e chocolates, também com origem no Reino Unido. Os passageiros que tentavam entrar com o Mounjaro não apresentavam a prescrição médica necessária, o que caracterizou o transporte como contrabando. Essa venda ilegal representa uma significativa preocupação para as autoridades sanitárias e policiais, visto que marginais estão lucrando com a alta demanda por métodos de emagrecimento.
Investigações recentes indicam que o contrabando do Mounjaro é realizado principalmente por indivíduos que visam lucrar com a alta demanda do produto no país. As remessas frequentemente são disfarçadas dentro de bagagens e em embalagens comuns, o que torna a fiscalização um desafio constante para as autoridades.
O uso do Mounjaro sem supervisão médica pode acarretar sérios efeitos colaterais. Pacientes sem diabetes ou outras condições que justifiquem sua utilização podem enfrentar complicações graves em decorrência do uso inadequado deste medicamento, além de estarem expostos a produtos cuja origem é ilegítima, levantando dúvidas sobre sua segurança e eficácia.
Em resposta ao aumento do contrabando, a Receita Federal e a Polícia Federal intensificaram suas operações de fiscalização. Em apenas um mês, as apreensões de Mounjaro ilegais já somaram mais de R$ 2 milhões. Aqueles que forem pegos transportando o medicamento de forma irregular podem enfrentar processos criminais, além da apreensão de suas cargas.
A mobilização das autoridades em função do contrabando do Mounjaro reflete a necessidade de um controle mais rígido sobre substâncias que podem colocar a saúde da população em risco. O recomendável é que qualquer uso do Mounjaro seja feito com supervisão médica, evitando os perigos associados ao seu uso indevido.