Mulheres que vivenciaram partos sob a responsabilidade da médica influencer Anna Beatriz Herief, mais conhecida como Bia Herief, têm compartilhado histórias alarmantes sobre violência obstétrica. Essas denúncias, que recententemente ganharam força, culminaram na suspensão do registro profissional da médica pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro no início de abril de 2025.
Várias pacientes relatam experiências traumáticas, colocando em questão a segurança durante o parto. Os relatos incluem práticas consideradas inadequadas que, segundo as denunciantes, impactaram negativamente a saúde tanto das mães quanto de seus bebês. Em um dos depoimentos, uma mulher afirmou: 'Custou a vida do meu filho', enfatizando a gravidade das alegações.
Bia Herief, que acumulou quase 250 mil seguidores nas redes sociais, era uma defesa fervorosa do parto humanizado, imagem agora em contradição com as alegações de suas pacientes. Este caso ressalta a necessidade de maior vigilância sobre a prática obstétrica no Brasil, onde a violência obstétrica ainda é um desafio persistente.
A suspensão de Bia Herief é um passo significativo, pois representa uma resposta institucional às violações reportadas. Esta ação não apenas visa proteger a saúde das mulheres, mas também sinaliza um movimento para assegurar a responsabilidade médica. A discussão acerca da violência obstétrica foi acentuada após essa controvérsia, destacando a urgência de reformar práticas e assegurar um atendimento respeitoso às mulheres durante o parto.
Casos de violência obstétrica não são raros. O incidente envolvendo Bia Herief ecoa denúncias anteriores, como a da influenciadora Shantal Verdelho, que chamou a atenção para comportamentos inadequados de médicos no parto. É necessário educar e empoderar as mulheres a expressarem suas dúvidas e necessidades no ambiente hospitalar, promovendo uma cultura de respeito e dignidade.
Enquanto a suspensão da médica é uma vitória para as vítimas, é imprescindível que se amplie a conscientização sobre a violência obstétrica. A mudança real requer fiscalização rigorosa das práticas médicas e um compromisso constantemente renovado de garantir que as mulheres sejam tratadas com dignidade. A luta contra a violência obstétrica continua, exigindo uma reflexão profunda sobre como melhorar o sistema de saúde e a experiência de parto das mulheres no Brasil.