Jair Bolsonaro continua internado na UTI do Hospital DF Star em Brasília, completando uma semana sem previsão de alta. O ex-presidente se recupera de uma cirurgia realizada no último domingo (13) para corrigir aderências intestinais resultantes de intervenções cirúrgicas anteriores.
A cirurgia durou cerca de 12 horas e, conforme os boletins médicos, Bolsonaro ainda não apresentou movimentos intestinais efetivos. Ele permanece em jejum oral e está recebendo nutrientes exclusivamente por via intravenosa.
No sábado (19), um boletim médico trouxe à tona uma alteração na pressão arterial do paciente, que rapidamente foi normalizada pela equipe médica. O comunicado, assinado por seis médicos, incluindo o cirurgião Cláudio Birolini e o cardiologista Leandro Echenique, indicou que o estado hemodinâmico de Bolsonaro é estável.
O protocolo de recuperação inclui fisioterapia motora diária e restrições quanto a visitas, uma medida adotada para evitar riscos de infecção e garantir o descanso necessário ao ex-presidente.
O plano de reabilitação se intensificou, permitindo ao paciente realizar caminhadas fora do leito e exercícios específicos para a recuperação. Essas ações visam melhorar a motricidade e a recuperação pós-cirúrgica.
A suboclusão intestinal pela qual Bolsonaro foi operado está relacionada a complicações de múltiplas cirurgias anteriores, incluindo sequelas de um atentado ocorrido em 2018.
Os relatos médicos dinâmicos entre os dias 18 e 20 de abril indicam uma evolução que é classificada como "boa". Contudo, a falta de função intestinal total mantém a situação sob rigoroso controle médico. Até o momento, não surgiram complicações infecciosas e não foi necessário reoperar.
A equipe multidisciplinar responsável pela recuperação de Bolsonaro é composta por especialistas em cirurgia geral, cardiologia e terapia intensiva, sob a coordenação do Dr. Antônio Aurélio de Paiva Fagundes Júnior.
Este é o sétimo procedimento cirúrgico abdominal de que Bolsonaro se submete desde o atentado em 2018. A obstrução intestinal parcial foi causada por aderências formadas entre os intestinos, uma condição comum para pacientes que passaram por múltiplas cirurgias.
Desde a operação, a nutrição parenteral total está sendo utilizada para evitar sobrecarga do sistema digestivo até que o trânsito intestinal se normalize.
A equipe médica realiza avaliações horárias dos parâmetros vitais, focando na função cardiorrespiratória e na resposta à fisioterapia. A alta da UTI dependerá da recuperação da motilidade gastrointestinal e da capacidade de se alimentar oralmente.