O relator do projeto de anistia, Rodrigo Valadares (União Brasil-SE), e o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), protocolaram um pedido de urgência na última segunda-feira, 14 de abril de 2025, para acelerar a tramitação do projeto que concede anistia a participantes de manifestações ocorridas entre 30 de outubro de 2022 e a sanção da lei. O requerimento, que já conta com 262 assinaturas, supera o número necessário para ser apresentado, permitindo que o projeto seja votado diretamente no plenário da Câmara dos Deputados sem passar pelas comissões.
O objetivo do projeto, que foca na anistia, é beneficiar aqueles que participaram de manifestações no Brasil durante o intervalo especificado. O pedido de urgência foi protocolado pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, e essa medida visa acelerar a tramitação do projeto, criando uma via direta para sua votação.
Rodrigo Valadares expressou sua expectativa de que o presidente da Câmara, Hugo Motta, inclua o requerimento na pauta após o feriado de Páscoa. Apesar disso, Motta tem adotado uma postura cautelosa, defendendo a busca por uma solução conjunta entre os três Poderes para evitar uma crise institucional que poderia surgir com uma votação rápida do projeto.
As reações políticas ao projeto de anistia têm sido polarizadas. Líderes do PT criticam a proposta, argumentando que ela representa uma ameaça à estabilidade institucional. Por outro lado, a oposição acredita que, caso o projeto entre em pauta, há chances significativas de que ele seja aprovado pelo plenário da Câmara. A pressão popular aumenta, com manifestações ocorrendo em São Paulo e Rio de Janeiro pedindo a aprovação da anistia.
A decisão de Hugo Motta em incluir o projeto na pauta da Câmara é vista como crucial. Se aprovado neste estágio, o projeto também terá que enfrentar outros desafios no Senado, onde novos debates e oposições podem surgir, complicando ainda mais sua aprovação.