O presidente Luiz Inácio Lula da Silva implementa uma reforma ministerial gradual que promete reformular a estrutura do governo em Brasília. Com mudanças importantes anunciadas em janeiro e fevereiro de 2025, a iniciativa visa reorganizar as forças políticas, garantindo uma governabilidade mais estável.
Uma das alterações mais notáveis foi a substituição da ministra da Saúde, Nísia Trindade, por Alexandre Padilha, alguém com experiência no cargo, tendo atuado como ministro da Saúde entre 2011 e 2014. Em adição, Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), assumiu a Secretaria de Relações Institucionais, ocupando o espaço deixado por Padilha.
A reforma ministerial busca, primordialmente, reacomodar as forças do PT nos ministérios e reorganizar a base aliada no Congresso Nacional. O foco é melhorar a articulação política em um período em que o governo vive desafios de baixa popularidade, buscando fortalecer sua atuação diante da oposição.
Entre os desafios enfrentados no caminho da reforma, destaca-se a possível substituição do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que poderia ceder seu lugar a Ricardo Lewandowski, atual ministro da Justiça e Segurança Pública. Essa mudança permitiria a divisão do Ministério da Justiça em duas pastas, aumentando a eficiência administrativa.
Outras possíveis alterações incluem ministérios vinculados a partidos aliados do governo. O Ministério da Agricultura, por exemplo, é um dos nomes comentados para receber Arthur Lira, ampliando a capacidade de articulação com o setor agrícola.
A reforma ministerial de Lula permanece em desenvolvimento, com novas mudanças aguardadas após a próxima viagem do presidente ao Japão e ao Vietnã. A pressão das forças aliadas e a necessidade de fortalecer a governabilidade no Brasil são aspectos fundamentais que guiam as decisões do governo.