Em 2024, a Suécia alcançou um marco significativo ao registrar o menor número de homicídios em uma década, um resultado que surge em um contexto de crescente preocupação com a violência armada no país. Esta redução, embora bem-vinda, levanta questões sobre os fatores envolvidos e as implicações para a segurança pública.
A taxa de homicídio na Suécia sempre foi considerada baixa se comparada a outros países, mas um aumento preocupante na violência armada nos últimos anos sinaliza um desafio persistente. De acordo com o Conselho Nacional de Prevenção do Crime (Brå), a taxa de homicídios por arma de fogo no país é alta em relação à média europeia, com cerca de 4 mortes por milhão de habitantes. Essa estatística ressalta um dos aspectos mais críticos da segurança pública sueca.
Em um olhar mais aprofundado, as tendências de homicídio revelam complexidades. Em 2023, 53 homicídios registraram o uso de armas de fogo, mostrando uma redução de 10 casos em relação ao ano anterior. No entanto, o número de homicídios sem armas de fogo subiu de 53 para 68 entre 2022 e 2023, indicando uma mudança no perfil dos crimes. Esta dinâmica sugere que a questão da violência na Suécia vai além da mera infraestrutura armada e abrange fatores sociais e econômicos intricados.
A queda nos homicídios em 2024 pode ser atribuída a um enfoque mais eficaz das políticas públicas e ações policiais, que têm se concentrado na contenção da violência armada. No entanto, o problema permanece, principalmente em áreas urbanas onde a criminalidade tende a ser mais elevada. As autoridades enfrentam o desafio de encontrar um equilíbrio entre a atuação policial rigorosa e a promoção de políticas sociais que incentivem a inclusão e a coesão social.
À medida que a Suécia avança com estas iniciativas, a manutenção da segurança pública exigirá vigilância constante. Embora os dados de 2024 representem um alívio momentâneo em meio a uma tendência de violência mais ampla, a necessidade de ações coordenadas e monitoramento contínuo se torna mais evidente para garantir que os avanços possam ser sustentados no futuro.