No dia 24 de março de 2025, o Exército de Israel reconheceu ter atacado por engano um prédio da Cruz Vermelha na Faixa de Gaza, depois de uma suposta identificação incorreta de suspeitos na área. Embora a ação tenha causado danos leves à estrutura, não houve registro de feridos, e o país anunciou a abertura de uma investigação sobre o ocorrido.
Esse incidente ocorre em um momento de tensão crescente, uma vez que os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza foram retomados no dia 18 de março, após uma trégua de dois meses. Desde o reinício das hostilidades, mais de 730 pessoas foram mortas, de acordo com o Ministério da Saúde local. Este conflito, que se intensificou em outubro de 2023, resultou em um trágico saldo de mais de 50.000 mortos e 113.000 feridos.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) condenou firmemente o ataque, sublinhando que o escritório em Rafah havia sido claramente identificado e estava em comunicação com todas as partes envolvidas. A organização expressou sua preocupação com as implicações desse ataque na continuidade de suas operações na região. Além disso, o Crescente Vermelho relatou que quatro ambulâncias, com membros da organização, estão desaparecidas há mais de 30 horas no sul de Gaza, acentuando a gravidade da situação humanitária local.
Israel, por sua vez, não só se comprometeu a investigar o incidente como também a ONU enfrenta desafios em relação à segurança de suas instalações na região. Recentemente, um funcionário búlgaro da ONU perdeu a vida em um ataque atribuído a um tanque israelense, informação que é contestada pelas autoridades israelenses. Em resposta ao aumento da violência, a ONU reduziu sua presença na Faixa de Gaza, refletindo as crescentes preocupações com a segurança de seus trabalhadores e das populações civis.
Esse ataque levanta questões sérias sobre a segurança de organizações humanitárias em áreas de conflito e a necessidade urgente de medidas que garantam a proteção de civis e trabalhadores de ajuda humanitária em cenários de guerra.