Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, acaba de confirmar sua fuga para os Estados Unidos, onde planeja articular sanções contra o Brasil e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão de se licenciar do mandato de deputado federal foi rapidamente interpretada como uma estratégia destinada a pressionar o governo dos EUA e a influenciar as investigações relativas à tentativa de golpe de Estado que sua família enfrenta.
Desde a posse de Donald Trump em janeiro de 2025, Eduardo tem realizado várias viagens aos EUA, onde tem se reunido com parlamentares da extrema direita americana. Essas reuniões parecem ter como objetivo pressionar autoridades norte-americanas a impor sanções tanto ao Brasil quanto a Moraes, que é o relator do inquérito sobre a tentativa de golpe. Críticos, principalmente da esquerda, levantam a hipótese de que essa movimentação seja uma preparação para a fuga em massa da família Bolsonaro, especialmente em relação a Jair Bolsonaro, que está sob investigação.
Ministros do STF têm comentado sobre a situação e não descartam a possibilidade de que a viagem de Eduardo aos EUA faça parte de um plano para facilitar a fuga do ex-presidente, caso ele seja condenado nos processos que enfrenta. A situação levou o deputado Rogério Correia (PT-MG) a solicitar ao STF a implementação de medidas que inibam uma eventual fuga de Jair Bolsonaro, incluindo a sugestão de uso de tornozeleira eletrônica.
Embora Jair Bolsonaro tenha negado possuir qualquer intenção de fugir, sua insistência em refutar tais rumores, mesmo quando não perguntado, só tem alimentado mais especulações sobre suas verdadeiras intenções.
A decisão de Eduardo Bolsonaro, por sua vez, polarizou opiniões. Enquanto seus apoiadores o veem como um patriota que age em defesa do Brasil, seus detratores o acusam de conspirar contra o Estado brasileiro. Embora a pressão internacional que Eduardo busca exercitar possa ser vista como ineficaz devido à soberania do Brasil, é inegável que essa estratégia visa aumentar a pressão sobre o STF e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.