No último sábado, durante o festival Lollapalooza Argentina 2025, a banda Dum Chica causou uma forte polêmica ao projetar a imagem do presidente argentino Javier Milei como um demônio. A performance impactante, realizada no Hipódromo de San Isidro, foi marcada por uma representação de Milei com cornos e boca ensanguentada, culminando com a explosão de sua cabeça, e rapidamente se espalhou pelas redes sociais, provocando reações intensas entre os presentes e os apoiadores do presidente.
A banda <%Dum Chica%>, que surgiu em 2021, aproveitou a plataforma do Lollapalooza para manifestar seu descontentamento em relação ao governo argentino. Essa projeção foi realizada sem a autorização prévia dos organizadores do festival e trouxe para o público imagens de Milei com feições demoníacas em um ambiente escuro, enquanto o cenário estava coberto por sacos de lixo, simbolizando, segundo a banda, a deterioração social.
Após a performance provocativa, a banda utilizou suas redes sociais para assumir a responsabilidade pelo conteúdo apresentado, enfatizando que nem o festival, nem os patrocinadores estavam informados ou envolvidos na criação do material exibido. A situação desencadeou uma onda de críticas e defesas, polarizando as opiniões entre os defensores de Milei e os admiradores da banda, refletindo a tensão crescente entre o governo e o meio artístico argentino.
Nos últimos meses, diversos artistas do país têm se manifestado abertamente contra o governo de Milei. Em fevereiro, durante o festival Cosquín Rock, a banda Ryan também projetou uma imagem de Milei em uma cena controversa ao lado de Donald Trump, enquanto o rapper Wos aproveitou seu desempenho para improvisar críticas ao governo durante um freestyle. Tais manifestações ressaltam o descontentamento do setor artístico em relação à atual administração e suas políticas, que têm sido alvo de críticas por diversos setores da sociedade argentina.
A controversa apresentação da banda Dum Chica não apenas despertou um debate intenso nas redes sociais, mas também levantou questões sobre a liberdade de expressão no cenário artístico argentino e os limites da crítica a figuras públicas. Enquanto a discussão avança, pode-se esperar que o episódio reverbere ainda mais na política e na cultura do país, refletindo a luta constante entre a arte e o poder.