Em uma sessão emocionante na Câmara Municipal de Balneário Camboriú, Jair Renan Bolsonaro, vereador e filho de Jair Bolsonaro, não conseguiu conter as lágrimas ao comentar a decisão de seu irmão, Eduardo Bolsonaro, que optou por se licenciar do cargo de deputado federal para morar nos Estados Unidos. A declaração foi feita na última quarta-feira e gerou grande repercussão.
A mudança de Eduardo, que atualmente vive no Texas com sua família, foi justificada por ele devido à "perseguição" enfrentada por ele e seus familiares. Essa decisão ocorre em um contexto delicado, pois Eduardo Bolsonaro está há 20 dias nos EUA e formalizou a licença para um tratamento de saúde por um período inicial de dois dias, estendendo-se depois por mais 120 dias, sendo quatro meses um total decorrente de "interesse particular", o que acarretará a convocação de seu suplente na Câmara dos Deputados.
Jair Renan, na sessão, expressou sua dor ao ouvir as razões de Eduardo e criticar os colegas vereadores que provocaram risadas e escárnio sobre a situação. Durante seu discurso, afirmou que "a cobra vai fumar", indicando que continua firme em sua trajetória política local, apesar das dificuldades.
A decisão de Eduardo não apenas provocou uma onda de compaixão entre seus apoiadores, mas também levantou um debate intenso sobre as responsabilidades que o deputado deveria estar cumprindo em sua função legislativa. Críticos da família Bolsonaro alegam que a mudança é uma forma de evitar as responsabilidades políticas e um desdém à democracia. No entanto, os defensores da família sustentam que a escolha de Eduardo representa uma estratégia para proteger sua integridade e a de seus familiares contra o que classificam como intrigas e perseguições.
A situação expõe uma divisão nas percepções sobre a política brasileira, refletindo tensões existentes entre opositores e apoiadores da atual família presidencial. A saída de Eduardo Bolsonaro para os Estados Unidos imediatamente se torna um tópico polêmico, trazendo à tona questões sobre deveres políticos, sobre como a oposição pode utilizar essa narrativa contra o clã e sobre a possibilidade de uma crescente polarização em um país que já vive tempos tumultuados.