O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a importância da regulamentação das redes sociais durante a solenidade de posse da nova diretoria da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Em seu discurso, Lula enfatizou a necessidade de estabelecer um arcabouço jurídico que combata a desinformação e proteja os cidadãos contra o que ele denominou de "colonialismo digital". A cerimônia reuniu figuras proeminentes do cenário político brasileiro, incluindo os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado.
A crescente preocupação com a regulamentação das redes sociais surge da influência das oligarquias digitais, que, conforme ressaltou Lula, exercem um poder absolutista que não reconhece fronteiras. Ele enfatizou a necessidade de uma regulação eficaz com o intuito de garantir uma concorrência leal e proteger grupos vulneráveis, como crianças e mulheres, da disseminação de ódio e informações equivocadas nas plataformas digitais.
Durante o evento, Lula também sublinhou a importância histórica da OAB na defesa da democracia, relembrando momentos críticos da história brasileira, como o Estado Novo e a ditadura militar. Ele destacou que a vigilância contínua é vital para a proteção da democracia, referindo-se à tentativa frustrada de golpe de Estado em 2022 e ao plano de assassinato revelado pela Polícia Federal.
Lula expressou sua preocupação com o que denomina de colonialismo digital, uma nova forma de exploração que compromete a soberania nacional. Ele defendeu a implementação de leis que garantam acesso equitativo às oportunidades digitais e protejam os cidadãos contra os abusos perpetrados por grandes empresas de tecnologia. Segundo ele, a regulamentação é fundamental para assegurar que as redes sociais não se tornem ferramentas de manipulação política e social.
A paralisia no avanço dos projetos de regulamentação no Congresso Nacional contrasta com a urgência da questão, conforme destacado por Lula. A construção de um marco jurídico robusto é considerada essencial para promover a justiça social e combater as desigualdades ainda presentes na sociedade brasileira.