Em um aumento significativo das hostilidades no Oriente Médio, Israel desencadeou uma série de ataques aéreos direcionados à Faixa de Gaza, marcando a operação mais intensa desde o início do cessar-fogo estabelecido em janeiro. Esta ação foi impulsionada pela recusa do Hamas em liberar reféns israelenses e em aceitar acordos propostos por mediadores internacionais.
O cessar-fogo entre Israel e o Hamas teve início em 19 de janeiro, após meses de combates intensos que resultaram em milhares de vítimas e deslocados na Faixa de Gaza. O tratado contemplava uma troca de prisioneiros e reféns, mas a ausência de progresso nas negociações levou a um colapso nas conversas. A primeira fase do cessar-fogo findou em 1º de março, e desde então, as tensões voltaram a crescer.
As operações aéreas, que ocorreram durante a madrugada de terça-feira, tiveram como alvo diversas localidades do Hamas na Faixa de Gaza, incluindo a Cidade de Gaza, Deir Al-Balah, Rafah e Khan Younis. Relatos indicam que ao menos 100 pessoas perderam a vida, incluindo crianças, e muitas outras ficaram feridas. O Hamas confirmou que um alto funcionário de segurança, Mahmoud Abu Watfa, foi uma das vítimas dos bombardeios.
Israel argumentou que os ataques foram uma resposta à recusa do Hamas em soltar reféns e em aceitar propostas de paz. Por outro lado, o Hamas denunciou Israel por romper unilateralmente o cessar-fogo, colocando os reféns em um "destino incerto". A comunidade internacional expressou inquietação diante da situação, especialmente em relação à crise humanitária que se agrava em Gaza.
A Organização das Nações Unidas alertou para as "consequências graves" que civis enfrenta devido à suspensão do fornecimento de energia e assistência humanitária na área. A situação permanece tensa, com Israel estabelecendo restrições em regiões adjacentes à fronteira com Gaza.