O deputado federal Guilherme Boulos, do PSOL de São Paulo, surgiu novamente como uma possível escolha para integrar o ministério do governo Lula, mais especificamente para a posição de Secretário-Geral da Presidência da República. De acordo com informações obtidas pela CNN, a nomeação de Boulos é vista como uma estratégia para aprimorar a comunicação com os movimentos sociais que atuam no país. No entanto, essa ideia encontrou resistência dentro do próprio partido dos trabalhadores.
Uma parte do PT argumenta que é essencial que a chamada “cozinha do Planalto” permaneça sob o controle do partido, o que gera divisões entre os aliados de Lula. Atualmente, a Secretaria-Geral é liderada por Márcio Macedo, ex-tesoureiro da campanha de Lula, que tem enfrentado críticas do presidente devido a eventos com pouca participação pública.
Antes de ser designada para o cargo de Secretária de Relações Institucionais, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) também foi considerada para assumir o cargo de Macedo, mas Lula decidiu que seria mais adequado alocar a petista na articulação com o Congresso Nacional.
Reforma ministerial deve avançar nas próximas semanas. O movimento foi iniciado no final de fevereiro, com a saída de Nísia Trindade do Ministério da Saúde, lugar que agora é ocupado por Alexandre Padilha. Depois do Carnaval, espera-se que haja novas trocas ministérias, e nomes como Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, e Paulo Pimenta, antigo ministro da Comunicação, podem ser inseridos nesse processo. Também está em discussão a possibilidade de Tabata Amaral receber o comando da pasta de Ciência e Tecnologia. Caso isso ocorra, Luciana Santos poderia ser transferida para ser a nova ministra das Mulheres, substituindo Cida Gonçalves.
Além dessas possíveis mudanças, partidos aliados ao governo, como União Brasil e PSD, continuam a disputar a liderança do Ministério do Turismo, atualmente sob a responsabilidade de Celso Sabino. Por fim, o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do PSD-MG, é uma opção considerada para o Ministério do Desenvolvimento e Indústria, que é atualmente liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.