A pesquisa realizada pela Quaest, publicada na última quarta-feira (26), revela um cenário preocupante para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O levantamento, que abrangeu um total de 8 estados representando 62% do eleitorado brasileiro, indica que a desaprovação ao mandatário superou 50% em todas as regiões pesquisadas.
Os números são alarmantes, especialmente em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde a desaprovação supera os 60%. Essa pesquisa foi realizada entre os dias 19 e 23 de fevereiro e contou com a participação de 6.630 brasileiros com idade a partir de 16 anos. A margem de erro foi de 3 pontos percentuais em sete estados, exceto São Paulo, onde a margem é de 2 pontos.
Nesta pesquisa, destaca-se que pela primeira vez em sua trajetória, a desaprovação ao presidente supera a aprovação em estados que tradicionalmente o apoiaram, como a Bahia e Pernambuco, onde ele saiu vitorioso nas eleições de 2022. Nesta nova pesquisa, a desaprovação em ambos os estados foi registrada como numericamente superior à aprovação, com 51% na Bahia contra 47% de aprovação, e em Pernambuco, com 50% desaprovando e 49% aprovando.
Em São Paulo, a desaprovação ao presidente Lula alcançou 69%, um aumento significativo de 14 pontos em relação aos 55% registrados em dezembro de 2024. Por outro lado, a aprovação caiu para 29%, de 43% na mesma comparação. Neste estado, a amostra contou com a participação de 1.644 pessoas e a margem de erro é de 2 pontos percentuais.
No Rio de Janeiro, onde a Quaest fez sua pesquisa pela primeira vez, os números mostram que 64% dos eleitores desaprovam o governo de Lula, enquanto 35% expressam aprovação. Para este levantamento, foram ouvidas 1.400 pessoas, com margem de erro de 3 pontos percentuais.
Os resultados em Minas Gerais são igualmente alarmantes, com 63% dos eleitores indicando desaprovação ao governo do presidente, uma alta de 16 pontos em relação aos 47% vistos em dezembro de 2024. A aprovação caiu de 52% para 35%. A pesquisa ouviu 1.482 pessoas e a margem de erro é de 3 pontos.
A Bahia, que até agora mostrava um apoio considerável a Lula, também reflete essa mudança. Pela primeira vez, a desaprovação supera a aprovação: 51% desaprovam e 47% aprovaram sua gestão. Aumento de 18 pontos na rejeição e queda de 19 pontos entre os que aprovam. O número de entrevistados foi de 1.200, com uma margem de erro de 3 pontos.
Em Pernambuco, a situação é semelhante, com a desaprovação somando 50% e a aprovação 49%, considerando a margem de erro de 3 pontos. A desaprovação subiu de 33% em dezembro para esta nova marca, enquanto a aprovação caiu de 66% para 49%.
No Paraná, a desaprovação aumentou 15 pontos, para 68%, e a aprovação caiu para 30%, de 44%. A pesquisa no estado teve um total de 1.104 entrevistas. Já no Rio Grande do Sul, o índice de desaprovação foi registrado em 66%, com apenas 33% de aprovação.
Por fim, em Goiás, a desaprovação atingiu 70%, aumentando de 56%, enquanto a aprovação caiu para 28%, descendo de 41%.
Os crescentes índices de desaprovação de Lula refletem a insatisfação dos eleitores com a condução da economia e o cumprimento das promessas de campanha. De acordo com Felipe Nunes, diretor da Quaest, essa reprovação histórica ressoa particularmente nas dificuldades enfrentadas pelos cidadãos. “Primeiro, Lula não consegue cumprir suas promessas. Esse percentual sempre foi alto, mas atingiu seu maior nível em janeiro de 2025: 65%. Ou seja, mais do que gerar esperança, a gestão atual tem produzido frustração na população”, argumenta Nunes.
Esse quadro de insatisfação apresenta um desafio significativo para o governo, que enfrentará a necessidade de recuperar a confiança e a aprovação popular em um momento crítico para o país. É essencial observar como essas dinâmicas eleitorais evoluirão nos próximos meses e a repercussão disso nas futuras eleições.
Convidamos você a compartilhar suas opiniões sobre esse tema nos comentários abaixo. Como você avalia a situação atual do governo Lula e o impacto das suas ações na população?