As eleições gerais na Alemanha, que visam escolher o novo parlamento do país, o Bundestag, ocorreram neste domingo, 23 de fevereiro. Estima-se que aproximadamente 60 milhões de cidadãos estão habilitados a votar.
No dia da votação, candidatos importantes já começaram a comparecer às urnas. Dentre eles, Friedrich Merz, líder do partido conservador de oposição, a União Democrata Cristã (CDU), que votou em seu distrito eleitoral na cidade de Arnsberg, no oeste da Alemanha. As pesquisas indicam que o partido de Merz pode ser o vencedor da eleição, mas as chances de conquistar a maioria são baixas, devido à fragmentação política que caracteriza o cenário atual do país.
A situação política na Alemanha se tornou mais complicada em decorrência das intensas discussões sobre imigração e o crescimento da Alternativa para a Alemanha (AfD), partido de ultradireita que, conforme expectativas, alcançará seu melhor resultado até o momento. O chanceler atual, Olaf Scholz, também exerceu seu direito de voto logo pela manhã, dirigindo-se à seção eleitoral em Potsdam acompanhado de sua esposa, Britta Ernst.
Olaf Scholz, na função de chanceler, observa que a eleição pode significar um retorno ao poder para os conservadores liderados por Merz. Entretanto, há desafios à vista, já que o bloco CDU/CSU, liderado por Merz, embora tenha se destacado nas pesquisas, enfrenta dificuldades para garantir uma maioria absoluta. Isso implicará que, caso venham a vencer, o bloco terá que buscar parceiros de coalizão para formar um governo estável.
A candidata Alice Weidel, por sua vez, também exerceu seu voto, mas de forma antecipada, utilizando o correio. Ela é a representante do partido de ultradireita AfD e é considerada uma figura pública notável em um grupo que historicamente é dominado por homens e que se autodenomina defensor dos valores tradicionais e da classe média.
As urnas foram abertas às 08h, no horário local, e o fechamento ocorreu às 18h, levando à contagem dos votos e à divulgação das pesquisas de boca de urna. Um desfecho crucial que irá determinar o futuro político da Alemanha.