Kfir Bibas, um bebê israelense que tinha apenas nove meses quando foi sequestrado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, se tornou o refém mais jovem do grupo terrorista. Sua história, trágica e impactante, repercutiu nacional e internacionalmente.
Nesta quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025, o Hamas entregou à Cruz Vermelha os caixões de quatro reféns israelenses, dentre os quais três pertenciam à família Bibas: a mãe, Shiri, e o irmão mais velho, Arthur, que na época do sequestro tinha apenas quatro anos. O pai da família, Yarden, também foi capturado, mas em uma situação separada.
Assim que foram levados para Gaza, Shiri foi vista segurando seus filhos em um cobertor, capturada em um vídeo que documentou o horror do sequestro. A imagem se tornou um símbolo da tragédia que a família sofreu.
Após uma longa espera, os corpos de Shiri e Arthur foram liberados junto com o de Kfir. Yarden, o pai, conseguiu ser libertado no começo deste mês, sendo um dos poucos a retornar vivo entre os sequestrados. Ele foi encontrado com um ferimento na cabeça, supostamente causado por ataques físicos.
No contexto deste conflito, as autoridades israelenses não confirmaram a morte da mãe e das crianças, que segundo o Hamas, teriam sido vítimas de bombardeios israelenses. A família Bibas ainda busca respostas definitivas sobre o destino dos meninos e de Shiri.
A tragédia da família Bibas não é apenas uma história de sequestro e morte; ela simboliza um luto coletivo que a pequena comunidade de Nir Oz está enfrentando. Segundo relatos, a comunidade perdeu cerca de um quarto de seus habitantes, entre mortos e sequestrados, durante os ataques do Hamas em outubro.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reconheceu o dia da entrega dos corpos como um momento de grande dor. Ele afirmou que seria “um dia muito difícil para o estado de Israel, um dia perturbador e de luto”.
Em meio a esse clima de tristeza, Yiftach Cohen, um morador local, expressou a esperança de que Shiri e os meninos ainda estivessem vivos, ressaltando que a dor da perda é um fardo pesado para todos da comunidade.
A família Bibas organizou uma cerimônia pública em Israel para marcar o que teria sido o primeiro aniversário de Kfir, que ocorreu enquanto ele ainda estava em cativeiro. Nesta cerimônia, além de homenagear o bebê, a família clamou pela libertação de outros reféns ainda mantidos. A dor pela perda é acompanhada pela luta contínua por justiça e verdade em meio à desinformação.
A família se comprometeu a continuar sua busca por respostas, afirmando que sua “jornada não acabou” até que recebam confirmação total sobre o que realmente aconteceu com Kfir, Arthur e Shiri.
Além da família Bibas, o corpo do ex-jornalista Oded Lifshitz, de 83 anos, também foi liberado. O contexto do sequestro de reféns e das tragédias familiares têm evidenciado a gravidade do conflito e seu impacto nas vidas de pessoas inocentes.
A tragédia de Kfir e seu clã segue a aumentar a pressão sobre as autoridades israelenses e o Hamas, enquanto a comunidade internacional observa o desenrolar desta situação devastadora com o desejo por paz e resolução.
Esse episódio relembra o alto custo humano das tensões na região, destacando a necessidade urgente de diálogo e paz, que podem evitar novas tragédias como a vivida pela família Bibas. É imperativo, num momento como este, que se busquem soluções que coloquem a vida e a segurança de todos os cidadãos em primeiro lugar.
Para aqueles que acompanham a tristeza da família Bibas e o desenrolar do conflito, o chamado por nos unirmos em honra às memórias perdidas e continuarmos pressionando por respostas é mais relevante do que nunca.