O líder do Hezbollah, Naim Qassem, fez um apelo firme neste domingo, exigindo a retirada das forças israelenses do Líbano até o dia 18 de fevereiro. Em suas declarações, Qassem enfatizou que não existe "nenhum pretexto" que justifique a presença militar israelense no sul do Líbano.
De acordo com informações, as tropas israelenses, que enfrentaram combatentes do Hezbollah em uma ofensiva terrestre, receberam um prazo inicial de 60 dias para recuar sob uma trégua mediada pelos Estados Unidos em novembro. Esse prazo foi prolongado até 18 de fevereiro, mas fontes relataram que Israel solicitou a manutenção de sua presença em cinco postos no sul do país.
Durante um discurso televisionado, Qassem reiterou: "Israel deve se retirar completamente em 18 de fevereiro, não tem pretexto… Este é o acordo." Ele fez questão de frisar que qualquer presença militar israelense após essa data seria considerada uma ocupação no solo libanês. "Todo mundo sabe como uma ocupação é tratada", destacou, embora não tenha feito ameaças diretas de retaliação contra Israel.
A situação tornou-se ainda mais tensa após reportagens de que os Estados Unidos teriam permitido a Israel manter tropas em "longo prazo" no Líbano. No mesmo dia em que o discurso de Qassem foi ao ar, Israel conduziu ao menos três ataques aéreos no Vale de Bekaa, região leste do Líbano, alegando ter identificado atividades do Hezbollah em locais que supostamente abrigavam lançadores de foguetes e outros arsenais.
Além disso, Qassem instou o governo libanês a reavaliar a proibição imposta aos voos iranianos para Beirute, ressaltando que essa medida resultou na restrição de vários cidadãos libaneses que estavam no Irã para peregrinação religiosa e agora estão impossibilitados de retornar. Essa proibição foi imposta por autoridades libanesas até a mesma data, após denúncias israelenses de que o Irã utilizava aeronaves civis para contrabando. O Líbano, por sua vez, tentou enviar aeronaves próprias para resgatar os cidadãos retidos, mas o Irã não permitiu a aterrissagem.
Qassem caracterizou a proibição de voos iranianos como "a implementação de uma ordem israelense", evidenciando a complexidade e a tensão das relações regionais. A situação entre o Hezbollah e Israel continua a ser monitorada de perto, dado que as provocações e resposta a ações militares são comuns nesse contexto de instabilidade.
Os desdobramentos desse confronto entre o Hezbollah e Israel são muitos e, com o prazo estabelecido de 18 de fevereiro se aproximando, o clima de incerteza e expectativa cresce entre as populações diretamente afetadas. O mundo aguarda reações e possíveis desdobramentos que podem impactar não só o Líbano, mas toda a região.