O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não poderá comparecer à cúpula dos Brics, marcada para os dias 6 e 7 de julho de 2025, no Rio de Janeiro. A ausência se deve a um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). Esta ordem foi revelada em março de 2023, quando Putin foi acusado de supostos crimes de guerra no contexto do conflito na Ucrânia.
Conforme os tratados internacionais, como o Tratado de Roma, o Brasil está vinculado a essas determinações, o que implica que, ao chegar ao país, o líder russo deveria ser detido. Por essas razões, Putin deverá novamente optar por enviar um representante ao invés de participar pessoalmente. No encontro anterior do G20, realizado em novembro do ano passado, essa mesma abordagem foi adotada.
Os Brics, um bloco econômico composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, possui grande relevância no cenário global, especialmente entre as economias emergentes. Durante a última cúpula, Putin foi representado por Sergei Lavrov, o Ministro das Relações Exteriores da Rússia. Espera-se que ele assuma novamente essa função durante a cúpula deste ano.
O Brasil, que atualmente ocupa a presidência rotativa do grupo, está se preparando para receber ao menos 20 líderes de Estado que compõem o Brics, incluindo tanto os membros quanto os parceiros do bloco. Este grande evento deverá ser uma oportunidade significativa para discutir temas relevantes à economia e política global.
O conflito na Ucrânia e suas consequências têm sido um ponto focal nas relações internacionais recentes, e a ausência de Putin pode repercutir em como as decisões serão tomadas durante as reuniões. A dinâmica do encontro será acompanhada de perto, considerando o impacto que essa falta pode ter sobre as negociações e colaborações futuras entre os países membros.
Embora a situação seja delicada, a expectativa é de que o desempenho do representante russo, como ocorreu anteriormente, mantenha a continuidade das relações diplomáticas e de negócios entre os países do bloco. O Brasil, por sua vez, busca destacar seu papel como mediador nas relações internacionais e um líder na promoção de diálogos construtivos.
Assim, a cúpula dos Brics se apresenta não apenas como uma plataforma para discutir as economias emergentes, mas também como um palco para abordar as tensões geopolíticas que atualmente afetam o cenário mundial.