O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, afirmou nesta sexta-feira que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) continua a ser uma aliança vital para o país. A declaração foi feita durante a Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, onde a guerra entre Rússia e Ucrânia deve ser um dos principais tópicos tratados.
“A Europa é, claro, uma aliada muito importante para os EUA, e a Otan é uma aliança militar muito importante… Porém, queremos assegurar que ela esteja preparada para o futuro. Parte disso envolve garantir que a aliança faça um maior compartilhamento de encargos na Europa, permitindo que os Estados Unidos se concentrem nos desafios no Leste Asiático,” declarou Vance aos repórteres.
Essa afirmação do vice-presidente reflete um enfoque recente da administração Trump, que busca modificar significativamente as diretrizes da política externa americana na Europa. Vance mencionou que algumas questões prioritárias incluem a alteração da responsabilidade pela segurança europeia e o foco maior na batalha pela supremacia contra a China.
“Certamente abordaremos a Otan, em particular o desejo do presidente de que a aliança aumente seus recursos destinados à defesa,” acrescentou. Vance também mencionou a necessidade de discutir o conflito entre Ucrânia e Rússia e os caminhos para alcançar um acordo negociado entre as partes envolvidas. A expectativa é que Vance se encontre com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na manhã desta sexta-feira (14).
O Secretário-Geral da Otan, Mark Rutte, expressou agradecimento ao vice-presidente pelo envolvimento contínuo de Washington com a Europa e concordou que é essencial aumentar a partilha de encargos. Rutte enfatizou também que as conversas sobre a resolução da guerra entre Rússia e Ucrânia devem focar em como criar uma paz duradoura e fortalecer a posição da Ucrânia antes das negociações.
Essas declarações ocorrem em um contexto de grande tensão internacional e indicam uma mudança potencial nas prioridades dos Estados Unidos, que podem ter implicações significativas para a segurança global e a dinâmica da aliança militar ocidental.