Ataque a Chernobyl: Rússia usa drones contra a Ucrânia

O recente episódio de tensão entre Rússia e Ucrânia ganhou novos contornos, com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, informando que um drone russo atingiu a usina nuclear de Chernobyl, localizada perto da fronteira com Belarus, na noite de quinta-feira (13). Após o ataque, o Serviço de Emergência Estatal da Ucrânia assegurou que os níveis de radiação permanecem dentro dos limites normais, apesar do impacto.

Zelensky usou a rede social X para relatar que "um drone de ataque russo com uma ogiva altamente explosiva atingiu o abrigo que protege o mundo da radiação na usina destruída". O presidente destacou que, embora o abrigo de concreto que envolve a unidade tenha sofrido danos significativos, um incêndio que se iniciou após o ataque foi controlado rapidamente.

Em suas declarações, ele enfatizou que "os níveis de radiação não aumentaram e estão sendo constantemente monitorados". A análise inicial indicou que os danos ao abrigo foram consideráveis, mas que a situação está sob vigilância contínua para garantir a segurança.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) também se manifestou, informando que sua equipe no local escutou uma explosão durante a madrugada, alertando sobre um UAV (veículo aéreo não tripulado) que atingiu o teto do Novo Confinamento Seguro, uma estrutura que protege os restos do reator número quatro da antiga usina de Chernobyl. A AIEA acrescentou: "Eles foram informados de que um UAV atingiu o teto do local".

No total, os militares ucranianos relataram que, na mesma noite, a Rússia disparou um total de 133 drones em direção à Ucrânia. Destes, 73 foram interceptados pelas forças ucranianas. Os números refletem padrões recentes de ataques aéreos, onde as defesas conseguiram neutralizar a maioria dos dispositivos, que foram derrubados em 11 regiões diferentes do país.

Zelensky ressaltou que os ataques com drones à infraestrutura ucraniana são um sinal claro de que o presidente russo, Vladimir Putin, não está buscando diálogo. Em sua postagem, ele afirmou: "Ele está se preparando para continuar enganando o mundo". Essa fala reforça a percepção de que a tensão entre os dois países permanece elevada, com a possibilidade de novos confrontos.

A situação em Chernobyl levanta preocupações não apenas sobre a segurança da usina, mas também sobre a continuidade dos conflitos que têm impactado gravemente a infraestrutura e a população ucraniana. A vigilância constante da AIEA e das autoridades locais será crucial para monitorar os possíveis efeitos de ataques futuros e garantir a proteção da área afetada.

Enquanto isso, a comunidade internacional observa atentamente a situação, com muitos clamando por uma resolução pacífica para evitar mais escalada de violência. O desfecho deste conflito ainda é incerto, mas a determinação de ambos os lados é evidente, levando a um cenário de constante alerta e expectativa.

Os cidadãos ucranianos, bem como o restante do mundo, aguardam por um sinal de que a paz pode ser alcançada, mas os recentes desenvolvimentos prometem um futuro complexo e desafiador para a região.