A dinâmica da política internacional muda constantemente, especialmente com líderes fortes como Donald Trump. Atualmente, o governo brasileiro se vê em uma situação delicada, evitando provocações abertas ao presidente dos Estados Unidos. Esta é uma escolha considerada prudente, dado o reconhecimento de algumas realidades inegáveis.
Em primeiro lugar, devemos entender a posição do Brasil no cenário global. O país é uma potência média na América Latina, mas possui limitações em sua capacidade de influenciar eventos à escala global, particularmente nas questões comerciais que surgem da retórica agressiva de Trump.
Um segundo ponto importante é que Trump se posiciona de maneira particular em relação a seus aliados internacionais. Em sua visão, "não há amigos", e isso se reflete em ações agressivas contra países que, até então, eram considerados aliados dos Estados Unidos. Um exemplo disso é a recente ameaça de Trump de interromper o suporte financeiro a nações árabes se não concordarem com seus planos para Gaza, além de minimizar o sofrimento da Ucrânia ao afirmar que um dia ela poderia se tornar parte da Rússia.
Como isso afeta o Brasil? No panorama atual, a margem de manobra do país na arena internacional se torna reduzida. Questões nas quais o Brasil esperava desempenhar um papel importante, como a transição energética — tema central da COP 30 que acontecerá em Belém — e a reestruturação das instituições que regem a governança global, estão alheias ao interesse de Trump. Este tipo de postura acentua a sensação de vulnerabilidade do Brasil diante do cenário global.
A "lei do mais forte", também conhecida como lei da selva, é o mantra defendido por Trump, uma abordagem que, de maneira franca, não favorece o Brasil. Em um mundo onde poder e influência se sobrepõem aos princípios de colaboração e diplomacia, a nação brasileira precisa encontrar maneiras alternativas de se posicionar e lutar por seus interesses.
Por fim, embora o Brasil atravesse estes desafios, é essencial que os líderes brasileiros continuem a buscar formas de dialogar e conectar-se com outros países que compartilhem interesses comuns. A transformação nas relações internacionais requer não apenas estratégias de resistência, mas também uma ativa busca por aliança e cooperação com nações que reconhecem a importância da diplomacia em um mundo em constante mudança.