Mário Frias, vice-líder da oposição na Câmara e ex-secretário da Cultura durante a administração de Jair Bolsonaro (PL), fez declarações contundentes sobre a Lei da Ficha Limpa. Em uma postagem nas redes sociais, ele a caracterizou como "uma das imbecilidades de esquerda". Frias argumentou que "a Lei da Ficha Limpa é uma daquelas imbecilidades de esquerda, que a sociedade compra sem sequer refletir". O deputado acredita que a norma atribui a um "burocrata não eleito" a tarefa de impedir a escolha popular durante eleições.
O debate sobre a Lei da Ficha Limpa ganhou força a partir da articulação de parlamentares de oposição, que propõem a redução do prazo de inelegibilidade de políticos condenados de oito para apenas dois anos. Essa proposta gera polêmica e foi interpretada por parlamentares da base do governo como uma manobra política, já que permitiria o retorno de Bolsonaro ao pleito presidencial em 2026. Atualmente, o ex-presidente é considerado inelegível até 2030.
Na mesma publicação, Frias afirmou que acusar seus opositores de um "plano de golpe" contra Bolsonaro é "ridículo". Ele disparou: "Essa conversa de que a Lei da Ficha Limpa serve para impedir criminosos de se candidatarem esbarra na realidade de um ex-condenado como Lula sendo presidente, enquanto Bolsonaro enfrenta a possibilidade de inelegibilidade por supostas acusações de golpe de Estado".
Além disso, o deputado criticou a percepção de que a Lei da Ficha Limpa retira o poder de escolha dos cidadãos, afirmando que "a empáfia de achar que as pessoas são ignorantes demais para decidir em quem votar é a típica mentalidade de tiranete subtropical". Para Frias, o problema não reside na própria lei, que ele considera, na verdade, benéfica, mas sim na maneira como ela é aplicada, levantando questionamentos sobre a integridade do sistema judicial brasileiro.
As declarações de Mário Frias reacenderam o debate sobre a eficácia e a aplicação da Lei da Ficha Limpa, especialmente em um contexto político marcado por polarizações e trocas de acusações entre as diversas facções do espectro político brasileiro. A discussão ainda está longe de ser resolvida e promete um embate acirrado nas próximas instâncias do poder legislativo.
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