Os recentes reféns libertados pelo Hamas apresentam sinais de severa perda de peso, conforme relatado pela chefe da Divisão Médica Geral do Ministério da Saúde de Israel. As imagens desses homens, visivelmente magros e pálidos, têm despertado reações preocupadas e chocadas tanto na sociedade israelense quanto nas famílias dos afetados.
Hagar Mizrahi, responsável pela análise médica dos reféns, destacou: “Esta manhã, testemunhamos uma perda de peso significativa, que representa as condições severas que eles suportaram pelo Hamas. Essas cenas apresentaram visões desafiadoras e complexas para as famílias dos que retornaram do cativeiro e nós mesmos.” Além disso, ela enfatizou que o sistema de saúde israelense está empenhado em fornecer um suporte abrangente, tanto terapêutico quanto emocional, aos retornados e também aos que continuam em cativeiro.
Dentre os reféns que foram soltos no último sábado (8) se destacam Ohad Ben Ami, Eli Sharabi e Or Levy, todos exibindo um estado de saúde bastante debilitado, conforme os exames realizados no Centro Médico Sourasky, em Tel Aviv. A condição destes indivíduos em comparação aos que foram libertados em ocasiões anteriores causa ainda mais preocupação. Segundo o governo de Israel, as condições de saúde dos reféns foram descritas como “chocantes” e “não passariam despercebidas”.
O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas de Israel também expressou sua angústia, descrevendo a aparência dos libertados como “perturbadora”. Esses relatos são consistentes com informações anteriores sobre outros reféns, que relataram terem permanecido em situações de privação severa.
O Hamas forneceu uma lista onde 25 dos 33 reféns que devem ser libertados na fase inicial do acordo de cessar-fogo estão vivos. Recentemente, o vice-chefe do corpo médico militar israelense, coronel doutor Avi Banov, informou que muitos detidos na Faixa de Gaza relataram ter passado meses em túneis subterrâneos, o que contribui para o estado físico debilitado exibido pelos recentemente libertados.
O acordo de libertação é parte de uma troca que envolveu a soltura de 183 prisioneiros palestinos por parte de Israel. Dentre esses, 18 estavam cumprindo penas de prisão perpétua e 54 eram detentos com penas mais curtas. No entanto, a situação de outros 111 prisioneiros ainda permanece pouco clara, gerando incertezas acerca das suas condições. Um vídeo recente revelou a fragilidade de alguns detentos, sendo um deles tão debilitado que precisou ser carregado.
A gestão do sistema prisional de Israel foi alvo de críticas devido à alegação de que as porções de alimentos servidas aos prisioneiros palestinos eram intencionalmente reduzidas ao mínimo necessário para a sobrevivência. Essa prática tem gerado indignação, especialmente após instruções dadas pelo então Ministro da Segurança Nacional, Ben Gvir, no ano passado.
As imagens e relatos dos reféns libertados ressaltam a urgência em abordar as condições em que foram mantidos e os graves impactos sobre sua saúde física e mental. As famílias se encontram em um misto de alívio e preocupação, buscando entender as implicações duradouras dessa traumática experiência de cativeiro.
Convidamos você a compartilhar suas opiniões sobre essa situação delicada nos comentários abaixo. O que você acha que deve ser feito para melhorar as condições dos reféns?