No último sábado, Ohad Ben Ami, Eli Sharabi e Or Levy foram libertados pelo Hamas, depois de passarem mais de um ano como reféns na Faixa de Gaza. Essa ação faz parte de um acordo de cessar-fogo estabelecido com Israel.
O governo de Israel divulgou imagens emocionantes dos três homens reencontrando seus familiares em instalações médicas. As fotos mostram Ami, Sharabi e Levy com sinais de debilidade, magros e pálidos, o que gerou grande repercussão no país. A administração de Benjamin Netanyahu descreveu essas imagens como "chocantes" e enfatizou que “não passariam despercebidas”.
Hagar Mizrahi, chefe da Divisão Médica Geral do Ministério da Saúde de Israel, falou em uma coletiva, destacando que os três expuseram uma perda significativa de peso. Ohad Ben Ami e Eli Sharabi foram sequestrados do Kibutz Be’eri durante o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, enquanto Or Levy foi feito refém durante um festival de música Nova, no mesmo dia.
A libertação desses homens foi acompanhada pela transferência de 183 prisioneiros palestinos para Israel. Entre eles, 18 estavam cumprindo penas de prisão perpétua, 54 cumpriam penas menores e 111 foram presos em Gaza após a data de 7 de outubro, conforme informações do Hamas. As acusações contra os outros 111 prisioneiros não estão completamente claras.
Dentre os libertados, algumas pessoas foram transferidas da prisão de Ofer, situada na Cisjordânia ocupada, para Ramallah. Um vídeo que circulou nas redes mostrou alguns desses detentos fracos e debilitados, com um homem aparentando estar tão fraco que precisou ser carregado. O sistema carcerário israelense recebeu críticas por, supostamente, ter reduzido intencionalmente o tamanho das porções de comida para os prisioneiros palestinos, mantendo o que foi considerado o mínimo necessário para a sobrevivência, uma medida adotada pelo ex-Ministro da Segurança Nacional, Ben Gvir, no ano passado.