Um ataque de drone realizado pela Ucrânia resultou em um incêndio em um depósito de petróleo localizado na região sul de Krasnodar, na Rússia. As autoridades regionais informaram que o incêndio já foi extinguido. O governador da região, Veniamin Kondratyev, fez um comunicado via Telegram, revelando que os destroços do UAV (Veículo Aéreo Não Tripulado) atingiram um tanque, dando origem ao incêndio na vila de Novominskaya.
Nos últimos dias, uma série de ataques de drones ucranianos têm impactado diversas instalações energéticas na Rússia, resultando em incêndios significativos, incluindo em uma grande refinaria de petróleo na região de Volgogrado e na planta de processamento de gás em Astrakhan. As autoridades operacionais confirmaram que "o incêndio em um tanque com resíduos de produtos petrolíferos na vila de Novominskaya no distrito de Kanevsky foi totalmente extinto".
Kondratyev também afirmou que não houve registro de feridos devido ao incêndio provocado pelos destroços dos drones. Uma equipe composta por 19 pessoas, equipada para esse tipo de emergência, foi mobilizada para combater as chamas. No entanto, o governador não forneceu detalhes sobre qual depósito específico foi atingido nem a extensão dos danos causados.
O Ministério da Defesa da Rússia informou que quatro drones ucranianos foram destruídos sobre o território russo durante a mesma noite. Contudo, o comunicado não fez menção à região de Krasnodar, mencionando apenas que drones foram neutralizados por sistemas de defesa aérea, sem esclarecer quantos foram lançados.
Até o momento, o governo ucraniano não se pronunciou sobre o incidente. A Ucrânia afirma que seus ataques em solo russo têm como objetivo desmantelar a infraestrutura essencial que sustenta a campanha militar de Moscou contra Kyiv, rebatendo também as ações de bombardeio contínuas que a Rússia realiza em território ucraniano.
A guerra entre Rússia e Ucrânia, iniciada com a invasão russa em fevereiro de 2022, continua a se intensificar. O conflito começou com a entrada das forças russas em solo ucraniano por três frentes: através da fronteira russa, da Crimeia e a partir de Belarus, um forte aliado do Kremlin. Nos primeiros dias, as forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram significativos avanços; no entanto, a resistência ucraniana garantiu que Kyiv não fosse tomada, mesmo após vários ataques. A invasão russa foi amplamente condenada pela comunidade internacional, resultando em sanções econômicas severas contra o Kremlin.
Desde outubro de 2024, após milhares de vítimas, analistas consideram que a guerra na Ucrânia alcançou um estágio crítico. As tensões aumentaram consideravelmente quando Putin autorizou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário em um ataque em solo ucraniano. Este projétil, que transportou ogivas convencionais, possui capacidade para ser modificado para material nuclear. A agressividade russa se intensificou após a Ucrânia realizar ofensivas dentro de seu território, utilizando armamentos fornecidos por potências ocidentais como Estados Unidos, Reino Unido e França.
A inteligência ocidental também alega que a Rússia está envolvendo tropas da Coreia do Norte no conflito com a Ucrânia, embora Moscou e Pyongyang não confirmem nem neguem essa informação. Putin, que fez mudanças em sua equipe, incluindo a troca de seu ministro da Defesa em maio passado, afirmou que as forças russas estão agora evoluindo de maneira mais efetiva em suas operações. Ele assegurou que a Rússia cumprirá todos seus objetivos na Ucrânia, ainda que não tenha oferecido detalhes específicos sobre esses objetivos.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acredita que as intenções de Putin incluem a ocupação total da região de Donbass, que abrange Donetsk e Luhansk, além da expulsão das tropas ucranianas da área de Kursk, na Rússia, que elas controlam parcialmente desde agosto. O cenário da guerra continua a evoluir e os desdobramentos futuros permanecem incertos, com a possibilidade de novas ofensivas por ambas as partes.