CIDADE DO MÉXICO/WASHINGTON/OTTAWA (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu suspender sua ameaça de impostos sobre importações dos vizinhos México e Canadá. Esta decisão, anunciada na segunda-feira, inclui uma pausa de 30 dias em troca de compromissos relacionados à fronteira e ao combate ao crime, requerendo que os dois países fortaleçam os esforços de fiscalização em resposta às demandas de Trump para conter a imigração e o contrabando de drogas.
Enquanto isso, as tarifas que os EUA pretendem aplicar sobre os produtos chineses ainda devem entrar em vigor conforme programado nos próximos momentos. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e a presidente do México, Claudia Sheinbaum, se comprometeram a adotar medidas para atender às exigências de Trump.
O Canadá, por exemplo, promete implementar novas tecnologias e aumentar a presença de pessoal em sua fronteira com os Estados Unidos, juntamente com esforços de cooperação para combater o crime organizado, o tráfico de fentanil e o lavagem de dinheiro. O México, por sua vez, se comprometeu a reforçar sua fronteira ao norte com dez mil membros da Guarda Nacional, visando reduzir a imigração irregular e o tráfico de drogas.
Em suas declarações, Trump ressaltou: “Como presidente, é minha responsabilidade garantir a segurança de TODOS os norte-americanos, e estou fazendo exatamente isso. Estou muito satisfeito com esse resultado inicial.” Esses acordos têm a expectativa de evitar, pelo menos por enquanto, uma guerra comercial que poderia afetar negativamente as economias envolvidas e levar ao aumento dos preços para os consumidores.
Trump declarou que pretende negociar acordos econômicos com Canadá e México no próximo mês, destacando a interdependência econômica que se estabeleceu desde a assinatura de um acordo de livre comércio na década de 1990.
Enquanto as tarifas impostas a México e Canadá estão suspensas, as medidas voltadas para a China seguem adiante. Está confirmado que tarifas generalizadas de 10% começarão a ser aplicadas a produtos chineses no primeiro minuto da terça-feira, horário de Washington. Um porta-voz da Casa Branca indicou que Trump conversará com o presidente chinês, Xi Jinping, em breve, porém sem especificar uma data.
Trump não descartou a possibilidade de aumentar ainda mais as tarifas, advertindo: “Esperamos que a China pare de nos enviar fentanil e, se não parar, as tarifas serão substancialmente mais altas.”
A posição da China é de que o problema do fentanil é responsabilidade dos Estados Unidos, e já ameaça contestar as tarifas na Organização Mundial do Comércio, além de se preparar para outras contramedidas. No entanto, as autoridades chinesas também indicaram disposição para realizar negociações.
As ações de Trump podem ter um impacto duradouro nas relações econômicas internacionais e na política comercial dos EUA, gerando incertezas para o mercado global. O cenário atual gera expectativas de que novos desenvolvimentos podem ocorrer nos próximos dias, especialmente em relação à China e seus planos de resposta às tarifas.
O desfecho desta situação será observado de perto por economistas e analistas, que continuarão a avaliar como essas decisões influenciarão o panorama econômico nos países envolvidos e o bem-estar dos consumidores.
Com as negociações em andamento e novos desafios à frente, será interessante acompanhar a evolução desse tema, que possui significativa implicância no comércio internacional.
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