O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tomou uma decisão significativa ao assinar um decreto que suspende a participação do país no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). A cerimônia de assinatura ocorreu no Salão Oval da Casa Branca em 4 de fevereiro. Além disso, o decreto mantém a interrupção do financiamento da agência da ONU encarregada de assistência aos palestinos (UNRWA).
Esse movimento coincide com a visita do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a Washington. Netanyahu é um crítico frequente da UNRWA, a qual acusa de promover a incitação anti-Israel e de ter funcionários envolvidos em "atividades terroristas contra Israel".
Durante seu primeiro mandato, de 2017 a 2021, Trump já havia cortado os fundos destinados à UNRWA e se retirado do Conselho de Direitos Humanos, que conta com 47 membros. Ele justificou essa retirada dizendo que houve um "preconceito crônico contra Israel" e que a falta de reformas era uma questão preocupante. Atualmente, os EUA não são membros desse órgão localizado em Genebra. Entretanto, sob a administração do ex-presidente Joe Biden, os EUA foram reeleitos para o conselho, exercendo um mandato de 2022 a 2024.
Desde que retornou ao cargo em 20 de janeiro, Trump tem adotado medidas similares às de seu primeiro governo, ordenando a retirada dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do acordo climático de Paris.
A questão da UNRWA se complicou ainda mais após a ONU informar que nove de seus funcionários podem ter estado envolvidos em um ataque ocorrido em 7 de outubro de 2023. Esses funcionários foram demitidos em decorrência das investigações. Além disso, um comandante do Hamas, que trabalhava na UNRWA, foi morto por Israel em setembro. A ONU se comprometeu a investigar todas as alegações feitas contra a agência, tendo solicitado repetidamente a Israel evidências sobre as acusações, mas segundo comunicados, essas informações não foram apresentadas.
Em resposta a essa tensão, uma proibição de operar para a UNRWA foi implementada por Israel em 30 de janeiro, o que impede a agência de atuar em seu território ou de manter comunicação com autoridades israelenses. A UNRWA declarou que essa proibição também terá impactos significativos nas operações realizadas na faixa de Gaza e na Cisjordânia.
Essas recentes decisões e eventos indicam uma nova fase nas relações entre os EUA e os organismos internacionais, além de evidenciar a constante volatilidade da situação no Oriente Médio. As repercussões dessas ações podem afetar tanto as políticas de auxílio humanitário quanto as relações diplomáticas na região.
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