O Índice de Vendas no Varejo da Cielo (ICVA) trouxe dados preocupantes sobre o desempenho do setor em 2024. Segundo a pesquisa, houve uma redução de 0,8% no faturamento real do comércio brasileiro, uma vez considerada a inflação. Apesar dessa queda, as vendas em termos nominais mostraram uma alta de 3,5%.
Os resultados não foram uniformes entre os segmentos analisados. Em todas as categorias do varejo, houve registro de queda, sendo os Bens Duráveis e Semiduráveis o grupo mais afetado, com uma diminuição de 2,1%. Serviços e Bens Não Duráveis também apresentaram recuos, com 1,0% e 0,2%, respectivamente.
Dentre os Bens Duráveis, Materiais para Construção se destacou como o segmento que mais sofreu com a retração. Nos Serviços, o setor de Estética e Cabeleireiros apresentou a maior variação negativa, enquanto em Bens Não Duráveis, Livrarias e Papelarias foram as que mais enfrentaram dificuldades em comparação a 2023.
Em comunicado, Carlos Alves, vice-presidente de tecnologia e negócios da Cielo, mencionou que no primeiro semestre de 2024, o varejo foi severamente impactado pelas enchentes no Rio Grande do Sul, resultando em uma queda geral de 0,7% na região. No segundo semestre, essa retração se acentuou, atingindo 0,9%. Ele observou que a alta nos preços de alimentos ficou ainda mais evidente em decorrência da estiagem severa que o Brasil enfrentou.
É importante ressaltar que, mesmo com os desafios enfrentados, o resultado do quarto trimestre de 2024, que costuma ser o mais movimentado do varejo, apresentou a menor queda do ano. Os meses de outubro e novembro, impulsionados pelas promoções da Black Friday, foram particularmente favoráveis para as vendas. Contudo, dezembro não correspondeu a essa expectativa de crescimento, sendo afetado principalmente pelos aumentos nos preços dos alimentos e do setor de transporte.
“No quarto trimestre, as vendas recuaram 0,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior”, destacou Alves, ressaltando que o impacto negativo do cenário econômico foi significativo.
Esse cenário de retração no comércio vem trazendo preocupações sobre a recuperação do setor, que já vinha enfrentando desafios antes da pandemia e agora vê uma necessidade urgente de adaptação. É essencial que o varejo busque estratégias inovadoras para atrair consumidores e se adaptar às novas dinâmicas de mercado.
Com a evolução das circunstâncias econômicas e as mudanças nas relações de consumo, é vital que os profissionais do setor estejam atentos às tendências e às necessidades dos clientes. A troca de experiências e conhecimento entre os empresários pode ser um caminho para encontrar soluções criativas que tragam resultados positivos no futuro.
Convidamos você a compartilhar sua opinião nos comentários: como você acredita que o varejo poderá se adaptar a esse novo cenário?