Lula discute economia e eleições em entrevista no Planalto

Por Redação TN
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Em conversa com jornalistas no Planalto, Lula fez declarações sobre eleições de 2026, indicação de Gleisi a ministério e possibilidade de taxações a produtos dos EUA.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abordou temas relacionados à economia, eleições de 2026, reforma ministerial e à presidência dos Estados Unidos. A entrevista ocorreu nesta quinta-feira, 30, e teve cerca de 1h20 de duração.

Resumo da Entrevista: Lula destacou que seu objetivo é controlar a economia do Brasil e discutir questões que interessam à maioria, como gerar renda e emprego. "Eu quero criar um País de classe média, e eu vou criar." Ele ressaltou que a reforma tributária aumentará "muito mais capacidade de investimento e arrecadação" e afirmou que "neste governo, não haverá irresponsabilidade fiscal". O presidente enfatizou que não deseja que o povo mais humilde pague pelo sacrifício fiscal.

Na coletiva, ele fez elogios à presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), que deve integrar a Esplanada. Lula também defendeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, de críticas feitas por políticos adversários.

Competência de Gleisi: Questionado sobre a entrada de Gleisi no ministério, Lula elogiou-a como um "quadro muito refinado" do partido e recordou que, durante seu tempo preso, ajudou Gleisi a se tornar presidente do PT. "A companheira Gleisi já foi ministra da Casa Civil da Dilma [Rousseff]. Politicamente, tem pouca gente nesse país mais refinada que a Gleisi", comentou.

O presidente também rebateu críticas sobre a suposta radicalidade de sua fala. "Para ser presidente do PT tem que falar a linguagem do PT. Se não quiser, que vá para o PSDB. Para ganhar, tem que ganhar confiança do PT", afirmou.

Desafios nas eleições de 2026: Lula ironizou a declaração do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que previu a derrota do PT nas próximas eleições. "Quando vi a história do companheiro Kassab, comecei a rir. A eleição é só daqui a dois anos e fiquei muito despreocupado, porque hoje não tem eleição", disse.

Sobre Haddad, que foi chamado de "fraco" por Kassab, Lula defendeu-o como uma escolha fundamental e elogiou seu papel na PEC da Transição, que possibilitou o devido funcionamento governamental apesar das adversidades no Parlamento.

Expectativas para o Congresso: O presidente mencionou que não espera dificuldades com os novos presidentes da Câmara e do Senado. "Quem ganhar, eu vou respeitar e vou estabelecer uma nova relação. Então, se o Hugo Motta for eleito presidente da Câmara, e o Alcolumbre, presidente do Senado, é com eles que nós vamos fazer as tratativas".

Lula também se referiu às emendas parlamentares, dizendo que o governo não tem controle sobre isso. Ele abordou a necessidade de um acordo sobre a execução dessas emendas, que enfrentaram bloqueios do Supremo Tribunal Federal (STF).

Objetivos de Lula: O presidente reiterou seu compromisso em controlar a economia e gerar oportunidades, afirmando: "Quero criar um País de classe média, e eu vou criar". Ele explicou que a reforma tributária visa aumentar os investimentos sem comprometer a responsabilidade fiscal.

Além disso, Lula saiu em defesa de Gabriel Galípolo, presidente do BC, após a recente elevação da Selic. Ele destacou que é necessário ter "paciência" para que Galípolo consiga promover a redução dos juros ao longo do tempo.

Relação com os EUA: Lula também fez uma declaração sobre a política comercial em relação aos Estados Unidos, afirmando que irá taxar produtos importados caso o presidente Donald Trump tome medidas similares. "Se ele taxar os produtos brasileiros, haverá reciprocidade do Brasil em taxar os produtos que são importados dos Estados Unidos. Não há nenhuma dificuldade", concluiu.

Tags: Lula, Política, Eleições, Economia, Brasil Fonte: www.terra.com.br