Recentemente, os Estados Unidos emitiram uma ordem para que o embaixador da África do Sul, Ebrahim Rasool, deixasse o país em um prazo de 72 horas. Essa determinação foi feita após o secretário de Estado americano declarar Rasool como "persona non grata" durante uma conferência de imprensa.
Segundo informações divulgadas pelo Ministério das Relações Exteriores da África do Sul, a decisão surgiu em uma sexta-feira, com um porta-voz confirmando o prazo estabelecido. Chrispin Phiri, do ministério, afirmou: "O Departamento de Estado informou ontem que ele tinha 72 horas para deixar o país".
O secretário de Estado, Marco Rubio, criticou Rasool, chamando-o de um "político racista que odeia a América" e dirigindo ataques à sua administração em direção à África do Sul. Essa ação ocorre em meio a uma escalada de tensão nas relações entre os dois países.
Durante a ocasião, Rasool estava programado para se reunir com autoridades relevantes na Casa Branca, um evento que, segundo Phiri, poderia ter levado a importantes avanços nas relações bilaterais. "Este lamentável fato anula os avanços significativos", lamentou ele, reiterando as preocupações sobre o futuro da África do Sul no acordo comercial AGOA, que permite a exportação de determinados bens sem impostos para os EUA.
As críticas sobre a África do Sul por parte do governo dos EUA aumentaram desde o retorno de Trump ao poder. A administração americana alega que a África do Sul tem tratado injustamente os descendentes de colonos europeus e, recentemente, criticou seu governo por propor um genocídio contra Israel na Corte Internacional de Justiça.
A presidência sul-africana considerou a expulsão do embaixador como "lamentável". O ministro de Relações Exteriores também descreveu essa expulsão como "sem precedentes" em uma entrevista a um canal de televisão pública, onde enfatizou que, em um contexto de relações diplomáticas normais, o embaixador deveria ter tido a oportunidade de explicar suas declarações.
Os desdobramentos desta crise diplomática continuam a ser acompanhados de perto, já que afetam não apenas as relações bilaterais, mas também o clima econômico e comercial entre a África do Sul e os Estados Unidos.
Em meio a este cenário, é importante que as nações busquem um diálogo construtivo para evitar repercussões mais severas e preservar relações diplomáticas que podem ser benéficas para ambos os países no futuro.