Oito dos 33 reféns que poderiam ser libertados na primeira fase do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza estão mortos, anunciou nesta segunda-feira o porta-voz do governo israelense, David Mencer, após receber uma lista com nomes fornecidos pelo Hamas. — As famílias foram informadas da situação — disse ele em uma entrevista coletiva, sem fornecer os nomes dos mortos.
O acordo de trégua, anunciado no início de janeiro após meses de negociações infrutíferas, entrou em vigor em 19 de janeiro, pondo fim a mais de 15 meses de guerra desencadeada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023. Na primeira fase do acordo, 33 reféns mantidos por militantes em Gaza devem ser libertados em troca de mais de 1.900 palestinos mantidos por Israel.
Sete mulheres israelenses foram libertadas desde o início da trégua, assim como 290 prisioneiros palestinos. A próxima libertação de reféns ocorrerá na quinta-feira, seguida por outra no sábado, disse Israel. A questão de saber se os reféns estão vivos ou mortos dentro de Gaza tem sido uma questão desoladora para as famílias que esperam e pressionaram o governo israelense a chegar a um acordo para libertá-los, temendo que o tempo estivesse se esgotando.
De acordo com plano apresentado pelos EUA em maio, que é a base do acordo aprovado agora, a proposta prevê a libertação — ou entrega de corpos — de 33 pessoas na primeira etapa, incluindo:
A previsão é que os reféns sejam libertados gradualmente ao longo de 42 dias, com a seguinte divisão: no primeiro dia, três; no sétimo, quatro; no 14º, três; no 21º, três; no 28º, três; no 35º, três, com os 14 remanescentes na última semana da primeira fase.
Oitenta e sete dos 251 reféns sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 permanecem em Gaza, incluindo os corpos de pelo menos 34 mortos confirmados pelas Forças Armadas de Israel (IDF, na sigla original). O Hamas também mantém dois civis israelenses que entraram na Faixa em 2014 e 2015, bem como o corpo de um soldado da IDF que foi morto em 2014. Os restos mortais de outro soldado da IDF, também morto em 2014, foi recuperado de Gaza neste mês.