O Hamas declarou recentemente que está disposto a firmar um acordo que contempla a libertação de todos os reféns mantidos em Gaza, além de propor uma trégua de cinco anos com Israel. A informação foi divulgada por um alto dirigente do movimento islamista palestino que preferiu não se identificar. Essa proposta surgiu após o Hamas ter rejeitado uma sugestão de cessar-fogo de 45 dias oferecida por Israel, que incluía a devolução de dez reféns em troca, no dia 17 de abril.
O conflito entre Israel e o Hamas já causou um impacto devastador na Faixa de Gaza, resultando em milhares de mortes e feridos desde o início da guerra. A situação humanitária em Gaza é crítica, com infraestruturas severamente danificadas, levando a população a enfrentar dificuldades extremas para acessar alimentos, água e cuidados médicos.
A proposta apresentada pelo Hamas engloba a libertação de todos os reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos. Além disso, o movimento exige um cessar das hostilidades, a completa retirada das tropas israelenses da região e a facilitação da entrada de ajuda humanitária. Entretanto, Israel condiciona a possibilidade de um acordo à devolução de todos os reféns e ao desarmamento do Hamas e de outros grupos armados, questão esta que o movimento palestino considera uma "linha vermelha".
Uma delegação do Hamas está atualmente em Cairo, onde se reuniu com mediadores para discutir as condições de um possível acordo. Neste ponto, não está claro se a proposta de uma longa trégua foi sugerida pelo Hamas ou se partiu dos mediadores egípcios e catarianos. As reuniões envolvem esforços constantes para buscar uma solução pacífica para o prolongado conflito.
Apesar da disposição do Hamas em chegar a um acordo, os desafios presentes nas negociações são significativos. A exigência de Israel pelo desarmamento do movimento representa um obstáculo crucial que pode dificultar os diálogos. Além disso, a situação humanitária em Gaza continua se agravando, aumentando a pressão para que um consenso seja alcançado urgentemente. Isso coloca uma responsabilidade ainda maior sobre os negociadores, que tentam encontrar um caminho para a paz e a estabilidade na região.