Na última sexta-feira, o ex-presidente Fernando Collor foi preso para cumprir uma pena de oito anos e dez meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O julgamento da manutenção de sua prisão, anteriormente interrompido por um pedido do ministro Gilmar Mendes, volta ao plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF).
Gilmar Mendes recuou de seu pedido, permitindo que a análise recomece na segunda-feira, 28 de abril. Com a maioria dos ministros já votando pela manutenção da decisão de Alexandre de Moraes, que determinou a prisão imediata de Collor, o cenário se torna mais claro.
Fernando Collor foi condenado em maio de 2023 no âmbito da Operação Lava Jato. Desde então, ele tentou adiar o cumprimento da pena por meio de recursos, mas estes foram recententemente rejeitados pelo ministro Alexandre de Moraes.
O julgamento começou a ser analisado pelos ministros do STF na sexta-feira, 25 de abril, após a defesa ter seus recursos negados. Mendes inicialmente pediu destaque, com o potencial de levar o caso ao plenário físico, porém posteriormente decidiu cancelar o pedido, permitindo que a avaliação prossiga no ambiente virtual.
Até o momento, ministros como Flávio Dino, Edson Fachin, Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli já se manifestaram a favor da manutenção da prisão, formando uma maioria clara a favor da decisão já proferida.
Com a maioria dos votos já definidos, resta apenas a manifestação dos ministros André Mendonça, Luiz Fux e Kássio Nunes Marques. Cristiano Zanin, advogado de Collor, declarou-se impedido de votar neste caso. A retomada do julgamento na segunda-feira deve confirmar a decisão de manter Collor preso, tendo em vista o apoio já demonstrado pela maioria dos ministros.