O Marrocos anunciou um ousado investimento de US$ 10 bilhões na expansão de sua rede ferroviária até 2030, com o objetivo de impulsionar a economia e conectar cidades estratégicas. O plano, revelado pelo Ministério dos Transportes, tem como foco a preparação da infraestrutura para a Copa do Mundo 2030.
O projeto primordial é a extensão da linha Al Boraq, que atualmente liga Tânger a Casablanca, para inclusivamente Marrakech, passando por Kenitra. Esta nova conexão vai significativamente reduzir o tempo de viagem entre a costa e o interior do país. O investimento se insere em um plano mais abrangente, que contará com um total de 87 bilhões de dirhams (aproximadamente US$ 8,7 bilhões) no setor ferroviário, com a meta de alcançar 87% da população com os serviços até 2040.
Como parte desse projeto inovador, está prevista a reforma de quarenta estações, incluindo as de Casablanca e Fez. O foco será na acessibilidade e na integração de tecnologia moderna para melhorar a experiência do usuário. Adicionalmente, a Espanha comprometeu-se a financiar a compra de 40 novos trens por um investimento de US$ 1,1 bilhão, o que permitirá aumentar a capacidade de transporte de passageiros e carga.
Para a Copa do Mundo de 2030, o Marrocos prevê receber cerca de 21,6 milhões de turistas, o que aumentará a demanda sobre seus aeroportos e redes de transporte. Com isso, o país planeja investir US$ 12,3 bilhões na ampliação de seus aeroportos, como os de Marrakech e Rabat, elevando a capacidade para 80 milhões de passageiros por ano até o próximo evento.
O plano não beneficia apenas os deslocamentos internos, mas também visa consolidar o Marrocos como um hub logístico na África, atraindo investimentos em setores estratégicos como energia renovável e comércio. A parceria com Kano, na Nigéria, para projetos de US$ 10 bilhões em energia sustentável, ilustra essa estratégia de posicionamento de liderança continental.
Com esses investimentos em transporte, energia e logística, o Marrocos não apenas se prepara para sediar um evento esportivo de grande porte, mas também se posiciona como uma relevante ponte estratégica entre Europa e África, podendo reduzir disparidades regionais e impulsionar o crescimento do PIB.
Nota do Editor: As informações deste artigo foram atualizadas em abril de 2025, com base em anúncios oficiais e reportagens recentes sobre parcerias e investimentos estruturais.