A crescente rivalidade entre as empresas de tecnologia de recursos humanos Deel e Rippling culminou em uma ação judicial, onde Deel apresentou uma contrariedade após ser acusada de espionagem corporativa pela Rippling. Esta disputa intensifica-se na medida em que ambos os lados se acusam, com Deel negando veementemente as alegações de práticas desleais.
A tensão entre as duas empresas teve início em 17 de março, quando a Rippling protocolou uma ação judicial contra a Deel nos Estados Unidos, alegando que a empresa teria se envolvido em espionagem corporativa. As acusações incluem a contratação de um espião para roubar segredos comerciais que, segundo a Rippling, ocorreram ao longo de quatro meses. Um testemunho do ex-funcionário da Rippling, Keith O'Brien, afirma que a Deel remunerou-o para espionar sua ex-empregadora, o que elevou ainda mais as temperaturas entre as companhias.
Em resposta, a Deel tomou a iniciativa de lutar contra as alegações, apresentando uma contra-ação no Tribunal Superior de Delaware. A empresa denuncia que a Rippling está apenas tentado comprometer sua imagem pública. Em um comunicado publicado em seu blog, Deel descreveu o CEO da Rippling, Parker Conrad, como alguém motivado por ciúmes e com um histórico de falhas, seguindo uma narrativa que busca deslegitimar suas ações.
Desenvolvimentos recentes revelaram a inclusão da fintech Revolut no escopo da disputa, surgindo a alegação de que uma esposa de um executivo da Deel fez pagamentos discretos para o suposto espião utilizando uma conta do Revolut. Contudo, a Rippling enfrenta dificuldades para descobrir a identidade do responsável pelos enviios, devido a complicações impostas pelas rígidas leis de privacidade da União Europeia.
Este conflito entre Deel e Rippling pode se tornar um dos casos mais significativos de espionagem corporativa na indústria de tecnologia de recursos humanos. As consequências dessa batalha judicial podem moldar não apenas a reputação das empresas envolvidas, como também impactar o setor como um todo, ressaltando a necessidade de revisão das práticas de segurança e ética nas relações corporativas.