Na madrugada desta sexta-feira, 25 de abril, o ex-presidente Fernando Collor de Mello foi preso em Maceió, Alagoas. A ação ocorreu às 4 horas da manhã, quando ele se dirigia a Brasília para cumprir espontaneamente uma decisão judicial. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou sua prisão após o término dos recursos legais em um processo de corrupção envolvendo a BR Distribuidora, atualmente conhecida como Vibra. Collor foi sentenciado a oito anos e dez meses de reclusão por sua participação em um esquema de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A detenção de Collor vem como consequência de uma condenação proferida em maio de 2023, que se relaciona a um esquema corrupto facilitando a celebração de contratos com a referida empresa. Essa investigação faz parte da Operação Lava Jato, embasada na delação premiada de Ricardo Pessoa, ex-presidente da UTC, que revelou detalhes sobre a corrupção que permeava os negócios da BR Distribuidora.
A defesa de Collor confirmou a prisão e destacou que o ex-presidente estava realmente se deslocando para Brasília para cumprir a decisão do STF. Neste momento, Collor encontra-se custodiado na Superintendência da Polícia Federal em Maceió. A decisão sobre se ele será transferido para Brasília ou permanecerá em Alagoas ainda não foi divulgada.
Fernando Collor se torna o terceiro ex-presidente brasileiro a ser preso desde a redemocratização. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também passou um período de encarceramento devido a condenações relacionadas à Operação Lava Jato, embora essas condenações tenham sido posteriormente anuladas. Esses eventos marcam um capítulo controverso na política brasileira, onde a corrupção tem se mostrado um tema recorrente e desafiador.
A prisão de Collor não apenas reabre discussões sobre a corrupção no Brasil, mas também gera reflexões sobre a eficácia das instituições e a confiança do público na justiça. À medida que mais detalhes do processo surgem, o cenário político pode sofrer mudanças significativas, impactando a percepção pública e as futuras movimentações eleitorais.