O ex-congressista republicano George Santos, de 36 anos e oriundo do Brasil, recebeu uma sentença de sete anos e três meses de prisão na sexta-feira, 25 de abril, por fraude eletrônica e roubo de identidade. A decisão foi proferida pela juíza Joanna Seybert, durante audiência no tribunal federal em Central Islip, Nova York.
Além da prisão, Santos deve restituir quase 378 mil dólares e pagar uma multa de 205 mil dólares como parte de seu acordo de culpabilidade, o qual foi formalizado em agosto de 2024.
Santos foi eleito para o Congresso dos EUA em 2022, mas sua trajetória política foi marcada por polêmicas e escândalos. Ele enfrentou acusações de mentir sobre sua fortuna pessoal e experiência profissional, incluindo alegações de ter supostamente trabalhado no Goldman Sachs.
Após uma investigação ética, sua carreira deu lugar ao escândalo, levando à sua expulsão do Congresso.
George Santos foi acusado de desviar fundos de campanha e cometer diversas fraudes, que incluem a obtenção de benefícios de desemprego de forma enganosa e o uso de cartões de crédito sem autorização dos proprietários. A promotoria destacou que algumas de suas vítimas eram idosos ou pessoas com deficiência cognitiva.
A pena de 87 meses reflete a gravidade das ações de Santos, que foram classificadas como um "roubo flagrante" pela juíza Joanna Seybert.
O promotor-chefe John Durham se manifestou sobre o caso, ressaltando que Santos enfrentará as consequências de sua "fraude espantosa", sublinhando a traição à confiança depositada por seus apoiadores e eleitores. Santos ainda deve se apresentar à custódia federal até 25 de julho.
A condenação de George Santos não apenas encerra sua carreira política, que começou com promessas grandiosas, mas que terminou em um mar de escândalos de corrupção. A expectativa é que sua sentença sirva de alerta contra práticas fraudulentas em cargos eletivos.