Na madrugada de 25 de abril de 2025, o ex-presidente do Brasil, Fernando Collor, foi preso no aeroporto de Maceió a partir de uma decisão proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele enfrentou uma condenação de oito anos e dez meses de reclusão por sua participação em um esquema de corrupção passiva e lavagem de dinheiro envolvendo a antiga BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. O juiz Sérgio Moro, figura central na Operação Lava Jato, declarou à CNN que essa prisão é uma "vitória da lei e da Justiça".
A prisão de Collor é fruto de uma investigação que se arrasta desde 2015, quando ele foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ter recebido propinas para facilitar contratos na BR Distribuidora. O desenvolvimento do caso culminou na recente decisão do STF, que rejeitou um recurso apresentado pela defesa de Collor, causando surpresa e preocupação entre seus advogados.
Moro, ao abordar a prisão, não apenas elogiou a decisão como também se questionou sobre a liberdade de outros envolvidos em escândalos de corrupção. Afirmou que a prisão de Collor serve como um marco no combate à corrupção no Brasil, e que foi durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva que se fez a entrega da BR Distribuidora a Collor, associando ambos ao caso.
Fernando Collor foi recolhido a uma ala especial do presídio Baldomero Cavalcante de Oliveira, em Maceió, onde os detentos de alto perfil têm acesso a condições mais confortáveis. Este local conta com cerca de 20 celas que oferecem suítes apropriadas. Antes de sua transferência, Collor passou por exames no Instituto Médico Legal.
A prisão de Collor não apenas marca um capítulo importante na luta contra a corrupção, mas também levanta questões sobre os próximos passos de investigações relacionadas a outros políticos e empresários implicados em corrupção. Com uma base sólida de evidências, as ações da Justiça podem reverberar largamente no cenário político brasileiro nos próximos anos.
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