O ex-presidente Fernando Collor de Mello chegou ao presídio Baldomero Cavalcante de Oliveira, em Maceió, Alagoas, na tarde de sexta-feira, 25 de abril. Collor foi submetido a exames de corpo e delito no Instituto Médico Legal (IML) antes de ser admitido na unidade prisional. Essa prisão é resultado de uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, que estabeleceu que Collor cumprisse sua pena em um presídio da cidade alagoana.
A condenação foi determinada em função de seu envolvimento em um esquema de corrupção que envolveu a BR Distribuidora, onde o ex-presidente recebeu cerca de R$ 20 milhões em propinas. Esta quantia foi utilizada para facilitar contratos irregulares da BR Distribuidora com a UTC Engenharia. A sentença, proferida em 2023, não apenas impôs a pena de oito anos e dez meses de reclusão, mas também a obrigação de Collor pagar 90 dias correspondentes a multas, além de indenizar a União em R$ 20 milhões, solidariamente com outros réus.
Atualmente, Collor se encontra em uma ala especial do presídio, onde está cumprindo os procedimentos legais. O ministro Alexandre de Moraes autorizou sua transferência após um pedido da defesa do ex-presidente, o que marca um episódio significativo na luta contínua contra a corrupção no Brasil, especialmente em relação a figuras de destaque na política.
A prisão de Collor provocou um intenso debate sobre a eficácia do sistema judiciário brasileiro em lidar com a corrupção envolvendo ex-autoridades. A decisão do ministro Moraes enfatiza a postura do Supremo Tribunal Federal (STF) em assegurar que figuras públicas sejam responsabilizadas por seus atos ilícitos. Contudo, até o presente momento, não há confirmação sobre possíveis apelações ou reações da defesa de Collor, além do pedido previamente mencionado para sua prisão domiciliar.
Este evento na política reflete um momento crucial para a justiça brasileira, evidenciando como as decisões judiciais podem impactar o cenário político nacional e a confiança da sociedade no sistema judiciário.