Durante o pontificado do papa Francisco, diversas autoridades brasileiras tiveram a oportunidade de se reunir com o líder da Igreja Católica, destacando-se Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Essas reuniões abordaram questões cruciais como combate à fome, desigualdade social e mudanças climáticas, refletindo a preocupação do papa com temas sociais globais.
Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou com o papa em duas ocasiões recentes. Os encontros foram marcados por discussões sobre o combate à fome e a preservação do meio ambiente, temas de relevância internacional que estão alinhados com as bandeiras levantadas pelo pontífice. Essas interações reforçam a conexão entre o ex-presidente e o papa, trazendo à tona questões que preocupam a população brasileira e mundial.
Dilma Rousseff também teve um papel ativo nas reuniões com papa Francisco. Em abril de 2024, por exemplo, ela se encontrou com o pontífice na qualidade de presidente do Banco dos BRICS, discutindo a necessidade de ações concretas para a redução da pobreza e a promoção da sustentabilidade. A relação de Dilma com o papa evidencia sua busca por apoio internacional em questões políticas e sociais em um período conturbado da política brasileira.
Por outro lado, Jair Bolsonaro se destaca por não ter se encontrado com o papa Francisco, sendo o único dos quatro presidentes brasileiros durante o papado a não registrar um encontro oficial. Sua ausência é ainda mais notável considerando que ele criticou publicamente declarações do papa, especialmente aquelas relacionadas à Amazônia. A esposa de Bolsonaro, Michelle, participou de um encontro com o papa em 2019, mas a falta de um diálogo direto entre o presidente e o pontífice reflete divergências políticas significativas.
O legado do papa Francisco na política brasileira é marcado por suas intervenções públicas em momentos críticos, como a defesa da inocência de Lula e suas declarações sobre a injustiça do impeachment de Dilma Rousseff. Desde o impeachment de Dilma, o papa evitou visitar o Brasil, alegando compromissos internacionais, mas continuou a se posicionar sobre as injustiças sociais e políticas que afetam o país.
As interações entre as autoridades brasileiras e o papa Francisco são mais do que simples encontros diplomáticos; elas refletem a complexidade das relações políticas no Brasil contemporâneo. A forma como essas questões são abordadas pode influenciar não só o diálogo político brasileiro, mas também as percepções internacionais sobre o país. Enquanto Lula e Dilma buscam apoio em sua luta por justiça social e econômica, Bolsonaro mantém uma postura crítica, destacando a polarização que caracteriza a atual política do Brasil.