O Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) reverteu decisão anterior e anunciou que não fechará sua Divisão Tributária. Em uma mudança significativa, o órgão decidiu integrar suas operações criminais e civis com as divisões correspondentes, preservando 350 advogados que atuam nessa área. A informação foi divulgada por e-mail aos funcionários, evitando assim realocações em massa que poderiam desfigurar as operações da divisão.
O plano original foi revelado em 8 de abril e previa o fechamento da Divisão Tributária, transferindo os advogados para escritórios menores em todo o país, limitando a atuação a um escritório central. A proposta teve como justificativa a descentralização das operações, mas encontrou resistência de especialistas e críticos que temiam a perda de know-how em questões complexas de sonegação e disputas fiscais.
A nova estrutura resulta na perda do status autônomo da Divisão Tributária, que operou de forma independente por décadas. Especialistas alertam que essa mudança pode levar a uma fragmentação no tratamento de casos complexos. Um ex-procurador tributário enfatizou: "Casos transfronteiriços exigem coordenação centralizada".
A decisão foi recebida com alívio por membros da equipe, que comemoraram a preservação das funções. No entanto, surgem questionamentos sobre a eficácia do novo modelo de subordinação dupla. Em um memorando obtido pela TPM, foi informado que a transição das funções começará em 30 dias, com treinamentos cruzados previstos entre as divisões do DOJ. Até o momento, a manutenção do cargo de Procurador-Geral Adjunto para Tributação está em aberto.
A decisão do DOJ reflete a pressão de profissionais da área jurídica e o temor de um possível êxodo de talentos se a divisão fosse desmantelada. Em 2023, a Divisão Tributária teve um volume significativo de trabalho, processando 1.200 casos criminais e 3.500 ações civis, incluindo processos contra grandes conglomerados. A dissolução da divisão comprometia diretamente investigações cruciais sobre lavagem de dinheiro e evasão fiscal internacional.
"A preservação da Divisão Tributária é vital para a integridade das operações do DOJ e de todos os casos fiscais em andamento", destacou um analista da área.
(Nota da Redação: Nenhum recurso multimídia foi disponibilizado pelas fontes até o fechamento desta edição.)