O Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes a decidir sobre a aceitação da denúncia contra o chamado "núcleo 2" do suposto golpe de Estado ocorrido em 2022. Entre os acusados estão o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, e o general da reserva Mário Fernandes, além de assessores diretos do então presidente Jair Bolsonaro.
O julgamento ocorrerá nos dias 22 e 23 de abril de 2025, quando a Primeira Turma do STF analisará a denúncia. A Corte dedicou três sessões para discutir se os réus deverão enfrentar o tribunal por suas alegadas ações.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) alega que os acusados utilizaram sua posição na administração pública para dificultar o acesso dos eleitores às urnas durante o segundo turno das eleições de 2022. Especificamente, a denúncia aponta para uma obstrução mais crítica em regiões tradicionalmente dominadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Adicionalmente, o STF está no processo de julgamento de outros núcleos relacionados às tentativas de golpe, incluindo o "núcleo 4". Este grupo é acusado de promover desinformação para minar a confiança pública no sistema eleitoral. O julgamento do núcleo 4 está agendado para os dias 6 e 7 de maio de 2025.
As decisões do STF não apenas afetarão os indivíduos envolvidos, mas também têm repercussões importantes para a estabilidade política do país. A aceitação da denúncia poderia abrir precedentes para processos futuros relacionados a abusos de poder e tentativas de interferência na democracia.
Com o ambiente político atual ainda aquecido, a atenção estará voltada para como as ações do STF irão influenciar a confiança do público nas instituições democráticas brasileiras. Esses julgamentos são um marco na luta contra tentativas de desestabilização da ordem democrática.