Uma pesquisa recente indica que uma parcela significativa da população brasileira atribui maior responsabilidade aos estados em relação ao governo federal no combate à violência. Os dados atualizados até outubro de 2024 refletem uma percepção pública que destaca a atuação dos estados, especialmente em locais com históricos de violência política.
O cenário de violência política se intensificou, especialmente durante o primeiro turno das eleições, quando foram registrados sete casos diários, totalizando 373 ocorrências em apenas 52 dias. Essa onda de violência incluiu ameaças a candidatos e ataques a sedes partidárias, com São Paulo, Rio de Janeiro e Paraíba figurando entre os estados com o maior número de casos.
Uma pesquisa anterior do Instituto DataSenado, realizada em fevereiro de 2024, aponta que 74% das mulheres brasileiras acreditam que a violência doméstica está aumentando, com o Distrito Federal (84%) e o Rio Grande do Sul (62%) sendo os extremos dessa percepção. Contudo, apenas 24% das mulheres afirmam ter um conhecimento profundo sobre a Lei Maria da Penha.
A discussão sobre as responsabilidades institucionais continua em debate, pois a sobreposição de competências entre a União, estados e municípios torna difícil um enfrentamento coordenado da violência. Embora o Atlas da Violência do Ipea seja uma ferramenta importante para diagnóstico, sua falta de atualizações sobre a divisão de responsabilidades mantém o tema em aberto.
Com a crescente preocupação acerca da violência política, o G1 mantém seu *Monitor da Violência*, que publica dados mensais por estado. Organizações da sociedade civil também têm ampliado suas atividades de fiscalização eleitoral. A aceleração dos casos políticos, com 518 registros já contabilizados em 2024, demanda respostas efetivas e coordenadas entre as autoridades de segurança e a Justiça Eleitoral.
À medida que a violência política estabelece novos parâmetros de urgência, a discussão cósmica sobre responsabilidades institucionais continua central no cenário brasileiro. A expectativa por dados atualizados do Ipea e novas pesquisas do DataSenado promete guiar as políticas públicas nos próximos meses, em busca de uma solução mais eficaz para o problema da violência no país.