A Petrobras anunciou, nesta quinta-feira, 17 de abril, uma redução de R$ 0,12 por litro no preço do diesel A para distribuidoras, que começará a valer a partir de amanhã, 18 de abril. A medida é uma resposta à queda nos preços internacionais do petróleo e à estabilidade da taxa de câmbio, conforme informado pelo Ministério de Minas e Energia.
Com a nova tabela de preços, o valor médio do diesel nas refinarias passa de R$ 3,55 para R$ 3,43 por litro, impactando em R$ 0,10 por litro no preço final ao consumidor, embora o repasse completo tenha de ser verificado nas bombas.
A redução de preço considera a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel (diesel B). Neste ajuste, a parte da Petrobras no preço final para o consumidor será de R$ 2,95 por litro, uma descida em relação aos R$ 3,05 anteriores. É importante ressaltar que tributos e margens das distribuidoras continuam influenciando o valor que o consumidor encontra nas bombas.
Desde dezembro de 2022, a Petrobras já registrou uma diminuição acumulada de R$ 1,06 por litro no diesel A, resultando em uma queda nominal de 23,6%. Quando ajustada pela inflação do período, essa queda real atinge 31,7% (R$ 1,59 por litro). O ministro Alexandre Silveira havia indicado na quarta-feira que o cenário internacional poderia trazer "boas notícias" para os consumidores.
Essa decisão é tomada em um momento de declínio nos preços do Brent, o petróleo de referência, e de estabilidade do dólar, fatores destacados pelo Ministério de Minas e Energia como cruciais para a decisão. A Petrobras permanece fiel a sua política de paridade com preços globais, ainda que o governo federal insista em um alinhamento mais próximo entre os custos internacionais e os preços praticados no Brasil.
A redução anunciada deve beneficiar setores como o de transporte de carga e o agronegócio, os quais são altamente dependentes do diesel. Contudo, especialistas alertam que a volatilidade geopolítica e possíveis oscilações cambiais podem influenciar futuros reajustes, deixando o futuro do preço dos combustíveis em aberto. Até o momento, a estatal não fez comentários sobre ajustes nos preços da gasolina ou de outros derivados do petróleo.
A medida não apenas reflete uma tendência de queda nos preços dos combustíveis, mas também reafirma a necessidade de estar atento aos fatores externos que poderão alterar este cenário nos meses vindouros. Para os consumidores, a efetiva redução na bomba dependerá de como as distribuidoras decidirão repassar esse desconto.