A Nigéria e a África do Sul oficializaram um Memorando de Entendimento (MoU) voltado para a colaboração no setor de mineração, um passo estratégico para a diversificação da economia nigeriana e para o fortalecimento da integração na região africana. O pacto foi assinado em Abuja pelos ministros Dele Alake, representando a Nigéria, e Gwede Mantashe, pela África do Sul, e se concentra em várias frentes, incluindo investimentos e inovação tecnológica.
A parceria proposta destaca a cooperação na pesquisa geológica, incluindo o uso de tecnologia de drones para mapeamento mineral, o que deve impulsionar a eficiência nas operações de exploração mineral. Além disso, o acordo prevê o compartilhamento de dados minerais e a exploração conjunta de recursos em áreas como agricultura e energia, com o intuito de estabelecer um modelo de desenvolvimento econômico sustentável para o continente africano.
Historicamente, a economia da Nigéria tem sido fortemente dependente do petróleo. No entanto, o país conta com uma vasta gama de recursos minerais — mais de 23 em quantidades comerciais, incluindo ouro, lítio, minério de ferro e zinco. A atual contribuição do setor de mineração para o PIB nigeriano é inferior a 1%, indicando um grande potencial inexplorado. Em contrapartida, a África do Sul possui uma indústria de mineração robusta, fundamental para seu crescimento econômico, com reservas ricas em metais preciosos e outros minerais importantes.
O acordo visa, além de gerar empregos, fomentar a industrialização da Nigéria e, assim, diversificar suas fontes de receita além do petróleo. Essa colaboração é vista como uma oportunidade significativa para impulsionar o crescimento econômico e criar um ambiente de negócios mais dinâmico na Nigéria.
A aliança entre Nigéria e África do Sul pode servir de modelo para futuras parcerias regionais, promovendo uma exploração responsável dos recursos minerais da África. Com a crescente demanda por minerais críticos para a transição energética global, essa cooperação tem potencial para posicionar ambos os países de forma estratégica no mercado internacional, beneficiando não apenas suas economias, mas também promovendo um desenvolvimento econômico equilibrado em toda a região.