A Polícia Federal (PF) deu início, na quarta-feira, 16 de abril de 2025, à Operação Teatro Invisível 2, que tem como objetivo desmantelar uma extensa rede de desinformação atuando no ambiente eleitoral no Rio de Janeiro. A operação abrange cidades como Cabo Frio, Itaguaí e Mangaratiba, onde mandados foram cumpridos, revelando um esquema complexo de manipulação da opinião pública.
O esquema investigado pela PF incluía a contratação de atores para encenar diálogos em espaços públicos. Essas encenações visavam influenciar o eleitorado e prejudicar a imagem de candidatos rivais, utilizando contratos de serviços fictícios formalizados entre prefeituras e empresas suspeitas. Ao longo da operação, fica evidente que a prática envolvia o financiamento de atividades que nunca ocorreram, mas que eram mascaradas como ações políticas legítimas.
Entre os principais alvos da operação estão o prefeito de Cabo Frio, Dr. Serginho, e o deputado estadual Valdecy da Saúde, que foi candidato nas eleições municipais de 2024. Outros envolvidos incluem Aarão, um candidato derrotado na cidade de Mangaratiba, e Rubão, que não conseguiu assumir seu cargo em Itaguaí. A presença de figuras políticas significativas no centro da investigação destaca a gravidade das acusações.
A PF apura vários crimes graves, incluindo obstrução de justiça, caixa dois, e fraude em licitações públicas. Há também indícios de que os investigados destruíram provas digitais que poderiam ser utilizadas para incriminar suas ações. Além disso, os dados indicam que recursos financeiros não declarados à Justiça Eleitoral foram empregados para beneficiar candidatos durante o pleito de 2024.
As consequências legais para os envolvidos podem ser severas. Se condenados, enfrentam penas que podem ultrapassar 27 anos de prisão. A Justiça já determinou o bloqueio de contas que totalizam cerca de R$ 3,5 bilhões e a suspensão das atividades econômicas de oito empresas ligadas ao esquema. Esse desenrolar indica a seriedade das práticas investigadas e os impactos significativos para o cenário político e econômico local.
A Operação Teatro Invisível 2 não apenas expõe a corrupção eleitoral, mas também levanta questões sobre a integridade dos processos democráticos no Brasil. À medida que as investigações avançam, a sociedade observa atentamente o desenrolar dos eventos, esperando que medidas eficazes sejam implementadas para garantir a transparência e a justiça nas próximas eleições.