O ex-presidente Jair Bolsonaro enfrentou uma longa cirurgia de desobstrução intestinal no Hospital DF Star, em Brasília, no último domingo, 13 de abril. A complexidade do procedimento, que durou cerca de 12 horas, marca a operação mais extensa realizada por Bolsonaro desde o atentado à sua vida em 2018.
Bolsonaro foi internado após relatar intensas dores abdominais na última sexta-feira, 11 de abril, enquanto participava de um evento no Rio Grande do Norte. A situação exigiu sua transferência para a capital federal na noite de sábado, 12 de abril, onde os médicos tomaram a decisão de operar.
A intervenção foi motivada por uma subobstrução intestinal, condição caracterizada pela interrupção da passagem normal de gases e fezes. Para os médicos, o principal desafio foram as aderências intestinais, formadas por tecido fibroso em decorrência de cirurgias anteriores. Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, havia ressaltado a gravidade da situação, mencionando a presença de "muitas aderências" abdominais que poderiam complicar o procedimento.
A cirurgia consistiu em uma laparotomia exploradora, cujo objetivo foi liberar as aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal. O cirurgião Cláudio Birolini liderou uma equipe médica que garantiu que a operação ocorreu sem intercorrências e sem a necessidade de transfusões sanguíneas. Atualmente, Bolsonaro encontra-se estável e sem dor na Unidade de Terapia Intensiva, recebendo os cuidados clínicos e nutricionais necessários para sua recuperação.
Até o momento, não há previsão definida para a alta hospitalar do ex-presidente. Em breve, a equipe médica realizará uma coletiva de imprensa para informar a opinião pública sobre o estado de saúde de Bolsonaro. Essa última cirurgia representa a sexta intervenção cirúrgica de Bolsonaro desde o atentado de 2018, destacando-se não apenas pela duração, mas também pelos desafios médicos enfrentados ao longo do processo de recuperação.